Musicais apostam em biografias

Vários atores concordam que criar um personagem do nada é mais fácil que dar vida a uma personalidade. Este é o desafio que Tacy de Campos encontra ao interpretar Cássia Eller no espetáculo ?Cássia Eller ? O Musical?, em cartaz até setembro no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450 ? Funcionários).

?A preparação foi bastante intensa, com ensaios diários durante dois meses?, conta a atriz. Para a personagem, Tacy ganhou uma preparadora de elenco exclusiva, que ajudou na concepção do trabalho em todos os detalhes. ?Já conhecia o repertório musical da Cássia, então essa parte foi tranquila. As marcações cênicas e o texto é que exigiram mais de mim?, explica.

Para a atriz, a paixão pela música foi fator determinante para que fosse possível reviver Cássia com tanta precisão. ?Acredito que interpretar uma personalidade exige um comprometimento maior, pois o público tem referência da pessoa que realmente existiu?, afirma.

Assim como Cássia Eller, é cada vez mais comum homenagens a cantores nos palcos. Só em 2014, BH recebeu espetáculos sobre a história de Cazuza, com ?Pro Dia Nascer Feliz ? O Musical?, outro sobre as personalidades do rádio Emilinha e Marlene, com o espetáculo ?As Rainhas do Rádio? e, recentemente, a homenagem a Gonzaguinha, com ?O Eterno Aprendiz?.

?Foram pelo menos uns três meses de trabalho e ajustes com o texto do Poeta Gildes Bezerra?, conta o diretor musical de ?O Eterno Aprendiz ? Gonzaguinha?, Rafael Toledo. Segundo ele, escolher o grupo que participa da peça foi um dos momentos mais complicados do processo. ?Passaram vários músicos pelo palco?, conta. ?Todos fazem porque gostam do espetáculo e da maravilha que é estar no palco interpretando Gonzaguinha?, explica Rafael.