Cultura

Circuito Liberdade é ampliado e abrange novos espaços culturais de Belo Horizonte

Entenda como o Mercado Central e a Praça da Estação vão compor o novo Circuito


Créditos da imagem: Lucia Sebe
O Circuito Liberdade foi inaugurado em 2010 e já é reconhecido como um importante corredor de cultura do País

Redação Sou BH

|
28/02/21 às 11:14
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Na última
semana, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult)
publicou uma resolução para que outros equipamentos culturais da cidade, como o
Mercado Central e a Praça da Estação, passem a “compor” o Circuito Liberdade, localizado
na Praça da Liberdade, na Savassi, e que é composto por 15 instituições, dentre museus,
centros de cultura e de formação.

De acordo
com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas
Oliveira, o ingresso dos novos espaços no Circuito Liberdade fomentará a
cultura e o turismo, contribuindo para promover desenvolvimento socioeconômico
para os mineiros. “O novo formato do complexo cultural intensifica a
transversalidade entre a cultura e o turismo, abrindo espaço para novas ações e
parcerias entre poder público e iniciativa privada. O Circuito Liberdade é um
dos principais produtos turísticos de Minas e ganha ainda mais relevância a
partir de agora”, afirma.

 

Para a
gestora do Museu de Artes e Ofícios, Karla Bittar, Minas Gerais e BH só têm a
ganhar com a nova configuração do Circuito Liberdade. “Um dos principais pontos
é a integração dos equipamentos culturais e artísticos, ampliando o roteiro e
agregando mais valor para o visitante. Com a inserção do Sesi – Museu de Artes
e Ofícios no Circuito Liberdade, nós esperamos ampliar a visitação, entendendo
que, a partir do momento que um local compõe o Circuito, as ações de divulgação
funcionam de maneira muito mais assertiva. E para receber esse visitante, esse
turista, nós estamos preparando o museu com um olhar voltado à experiência”,
argumenta.

 

O Museu de
Artes e Ofícios, que tem um acervo de mais de duas mil peças representativas da
história do trabalho no Brasil, está localizado na Praça da Estação e dá início
a uma das rotas que leva à Praça da Liberdade, saindo da estação Ferroviária
Central e passando pela histórica Rua da Bahia.

 

Outro
espaço que em breve oficialmente fará parte do Circuito Liberdade é o Mercado
Central, ponto de encontro de mineiros e turistas que desejam conhecer e
celebrar o melhor da cozinha mineira. Segundo o superintendente Luiz Carlos
Braga, é extremamente satisfatório o espaço gastronômico participar do Circuito
Liberdade. “O Mercado Central, enquanto grande atrativo turístico da capital
mineira, fazendo parte agora do Circuito, será ainda mais divulgado para o
Brasil e o mundo. O mercado tem uma estrutura voltada ao turista, inclusive com
um posto de atendimento ao visitante. Lá, as pessoas podem conhecer mais sobre
a cultura do mercado, da nossa cozinha e de Minas Gerais, ainda mais agora com
o lançamento do Plano da Cozinha Mineira e as ações para torná-la patrimônio
imaterial do estado”.

 

Adesão


Entre as
especificidades para a adesão de novos equipamentos ao complexo cultural, estão
a ampliação e a diversificação da programação cultural e do acesso à cultura, a
articulação de projetos e ações culturais em rede e a promoção turística do
Circuito Liberdade com foco na economia criativa como mecanismo de geração de
emprego e renda.

 

Para
integrar o Circuito Liberdade, os equipamentos culturais também devem se
atentar às especificidades que promovam a transversalidade entre a Cultura e o
Turismo. Além de oferecer programações democráticas e que garantam o acesso à
arte e à cultura, os requerentes devem apostar em atrações que promovam a
aproximação entre as agências e operadoras de turismo receptivo habilitadas no
Programa “Minas Recebe”. A Resolução publicada também especifica todo o
processo de requerimento para que o espaço passe a integrar o Circuito
Liberdade em Belo Horizonte. A adesão ao Circuito Liberdade ou a integração ao
Roteiro Turístico Circuito Liberdade não ensejarão repasse financeiro do
Estado.

 

A
Superintendente de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos
Culturais da Secult, Milena Pedrosa, reforça a importância da Resolução para a
concretização desse novo formato do Circuito Liberdade. “O documento direciona
os interessados em fazer parte do complexo cultural e também do Roteiro
Turístico Circuito Liberdade, reafirmando sua importância como aglutinador de
espaços de democratização do acesso à arte e produto turístico de destaque no
estado”. 

 

Circuito
Liberdade


O Circuito
Liberdade foi inaugurado em 2010 e já é reconhecido como um importante corredor
de cultura do País. Abrigado em uma área histórica de Belo Horizonte (MG), é composto
por 15 instituições, dentre museus, centros de cultura e de formação, que
mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico. 
Sob a
gestão do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas
Gerais – Iepha/MG, desde abril de 2015, o projeto busca agora uma maior
articulação com o espaço urbano e os diversos grupos artísticos e populares,
consolidando-se como um braço forte da política pública de Cultura do governo
estadual.

O Circuito
passa também por um processo de ampliação do seu perímetro de atuação,
considerando os eixos da Avenida João Pinheiro e da Rua da Bahia, o que é
traduzido em seu novo nome: Circuito Liberdade. Dentro desta perspectiva, o
BDMG Cultural e a Academia Mineira de Letras passaram a integrar o complexo,
com a composição de uma agenda integrada aos outros espaços já existentes.

Dentre os
equipamentos culturais em funcionamento no Circuito, oito são geridos
diretamente pelo Governo do Estado e os outros funcionam por meio de parcerias
público-privadas ou parcerias com instituições públicas federais. 
O Iepha
pretende ainda aumentar a participação de grupos ligados à cultura popular de
diversas regiões do Estado no Circuito Liberdade, com a implementação da Casa
do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, equipamento que ocupará o edifício da
antiga Secretaria de Viação e Obras Públicas, também conhecido como “Prédio
Verde”.