FecharX

Afromineiridade: Reinados e Congados serão declarados Patrimônio Imaterial de Minas

Dossiê de 900 páginas será apresentado durante 1º Festival Cozinha das Afromineiridades, que acontece dias 3 e 4 de agosto



Créditos da imagem: Secult
Main congado
O Iepha recebeu mais de 900 cadastros de guardas ou ternos de Reinados e Congados de todas regiões de Minas Gerais
Pedro Grossi
30/07 às 16:09
Atualizado em 30/07 às 16:09

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) irão declarar Reinados e Congados como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. Um dossiê de 900 páginas que sustenta a decisão será apresentado durante a celebração da primeira edição do Festival Cozinha das Afromineiridades. O evento, que contará com bate-papo, cortejo, cozinha viva, oficina e apresentações culturais, acontece nos dias 2 e 3 de agosto (sexta e sábado), no Palácio da Liberdade (Praça da Liberdade, s/nº - Funcionários), a partir das 17h na sexta e das 9h no sábado. 

João Paulo Martins, presidente do Iepha-MG, destaca que os Congados e Reinados existentes em todo o território mineiro são um patrimônio que representa o estado no âmbito das manifestações populares. "O povo negro que chegou aqui construindo Minas Gerais nesses 300 anos não estava aqui só erguendo pedras, mas também dotando de cores, de movimento essa mineiridade que nós, hoje, podemos tanto celebrar e nos orgulhamos tanto". 

Registros dos Reinados e Congados

Desde 2021, o Iepha vem trabalhando na catalogação e pesquisa sobre essas expressões culturais a fim de produzir o dossiê. O documento ressalta a importância histórica, social e cultural dos congados e reinados para o estado, e define ações de salvaguarda para a proteção dessas tradições. “O registro como Patrimônio Cultural vai garantir que essa cultura se mantenha viva por meio de ações, baseadas em demandas dos próprios detentores culturais e ancoradas em quatro eixos da salvaguarda: transmissão da tradição e valorização; gestão participativa e sustentabilidade; apoio e fomento; promoção e difusão”, explica o diretor de Proteção e Memória do Iepha, Adriano Maximiano da Silva.

Leia também: Feijão-tropeiro: a 'guerra' entre mineiros e paulistas na Wikipedia