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Aleluia, siriri ou bicho de luz: veja como evitar infestação de revoada temporã

Inseto surge fora de época em BH e é atraído pela luz das casas ao anoitecer


Créditos da imagem: Ganesh Subramaniam/Wikimedia
Atraídos pela luz, cupins voadores são mais comuns no verão; mudanças climáticas têm facilitado surgimento de revoadas no inverno

Redação Sou BH

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29/08/24 às 21:20
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Neste ano, algumas cidades brasileiras registraram uma ocorrência inusitada: a chegada precoce das revoadas de “bichos de luz”. Também conhecidos como siriris ou aleluias, os bichinhos normalmente aparecem no verão, mas agora também voam ao redor das luzes urbanas ainda no inverno. Esse fenômeno está diretamente relacionado às mudanças climáticas e ao aumento das temperaturas nesta estação, que teve ondas de calor intercaladas, criando condições favoráveis para o aparecimento desses insetos.

O que são esses bichinhos?

Os “bichos de luz” são cupins alados que realizam suas revoadas durante a fase reprodutiva. Estas revoadas ocorrem principalmente em dias quentes e úmidos, como na primavera e no verão, após períodos de chuva, onde os machos e as fêmeas deixam a colônia anterior para procurar parceiros e formar uma nova. Com o inverno brasileiro em situação parecida às demais estações, eles têm surgido nesse período também.

Em casa, a entrada dos pequenos invasores pode causar prejuízos. “Quando uma aleluia perde suas asas ela pode criar um ninho em móveis de madeira ou outras estruturas, normalmente acessadas pelos cupins que já conhecemos. Isso pode causar alguns transtornos, provocados por uma formação de colônias muito grande, que possa comprometer a integridade desses objetos de madeira dentro da casa”, explica Fernanda Raggi, bióloga e docente do Centro Universitário UniBH. 

Atraídos pela luz

A bióloga esclarece que os cupins voadores são atraídos tanto pela luz natural quanto pela luz artificial, mas por razões diferentes. Para encontrar um parceiro, eles guiam-se pela luz natural; já pela luz artificial, são atraídos devido ao comprimento de onda e ao calor que elas emitem. Ao cair da noite, quando as luzes das casas são acesas, o contraste com a escuridão externa desorienta os insetos, fazendo com que entrem pelas janelas abertas e se acumulem ao redor das lâmpadas.

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Fernanda Raggi também destaca que, embora os “bichos de luz” não representem risco à saúde humana ou animal, eles podem se tornar um problema no ambiente doméstico. “Como esses cupins se orientam a partir do momento que se atraem pela iluminação, podemos fechar as janelas e apagar as luzes para evitar que entrem. Mas, se entrarem, basta colocar uma bacia com água logo abaixo das lâmpadas, que logo cairão na água atraídos pelo reflexo da luz”, orienta. “Além disso, manter os móveis afastados da parede e limpá-los periodicamente pode prevenir a proliferação dessas colônias”, conclui a bióloga.

Medidas para evitar infestações

• Fechar as janelas e apagar as luzes: pode ajudar a evitar que os insetos sejam atraídos para o interior da residência.

• Usar uma bacia com água sob as lâmpadas: o reflexo da luz atrai os cupins voadores para a água. 

• Manter os móveis afastados da parede e limpá-los regularmente: esta prática pode ajudar a prevenir a formação de colônias de cupins em móveis de madeira.