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Alunos de escolas públicas do Barreiro aprendem a construir brinquedos tecnológicos

Mostra Lab utiliza a cultura maker e a gambiologia em oficinas com o conceito "faça você mesmo"



Créditos da imagem: Divulgação Viaduto das Artes
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Durante as oficinas, os alunos têm contato com especialistas por meio de palestras, mostras e rodas de conversa
Redação Sou BH
10/08/22 às 14:15
Atualizado em 10/08/22 às 14:15

Ao brincar e exercitar novas possibilidades, a criança estabelece contato com a experiência como protagonista de seu desenvolvimento. Em algumas escolas públicas do Barreiro, em Belo Horizonte, essa jornada vem acompanhada da "cultura maker", que explora a criatividade e a inventividade dos pequenos. A Mostra Lab busca justamente ofertar gratuitamente, neste mês de agosto, a aprendizagem mão na massa, trazendo o conceito do "faça você mesmo", com o incremento de tecnologia e inovação.

Por meio de oficinas ministradas pela Mostra Lab, cerca de 400 estudantes de até 12 anos da rede pública de ensino da capital mineira utilizam os conhecimentos de matemática, física, química e biologia para criar, por exemplo, um carro de papelão movido a eletricidade de pilhas, um boné que brilha no escuro com luzes de LED e lanternas de bolso, a partir de simples materiais, utilizando sempre recursos e equipamentos de baixo custo.


Aluna da Escola Municipal Ana Alves Teixeira durante oficina de objeto motorizado. Crédito: Divulgação Viaduto das Artes

"As crianças se beneficiam dos conhecimentos atrelados à tecnologia, estimulando o aprendizado e habilidades importantes para o futuro. Isso permite aos pequenos explorar, coletar, selecionar e construir, conforme seus anseios pessoais e observações – com muita mão na massa, claro", explica Graziele Coelho, presidente da OSC Viaduto das Artes.

Além da cultura maker, as oficinas utilizam da gambiologia, que é popularmente conhecida como a ciência da gambiarra. Ela estimula a pesquisa e a prática de adaptação, criação, improvisação e combinação entre elementos para encontrar soluções para os pequenos problemas do dia a dia e para a apresentação de novas formas de arte, de tecnologia e de objetos em geral. 

“As atividades foram empolgantes e bastante esclarecedoras para mim e para os alunos. Particularmente, fiquei muito contente em aprender e participar de processos criativos que até então não havia tido oportunidade de explorar. Realmente fiquei muito feliz pela oportunidade que nos foi dada de conhecer e levar para as crianças oficinas que abordam o mundo contemporâneo das tecnologias somados aos processos de ensino", comenta Sonilda, professora da Escola Municipal Ana Alves Texeira.


Alunas da Escola Municipal Ana Alves Teixeira durante oficina de objeto motorizado. Crédito: Divulgação Viaduto das Artes

Durante as oficinas, os alunos têm contato com especialistas por meio de palestras, mostras e rodas de conversa. Ao final das aulas práticas, uma exposição é realizada com os brinquedos criados pelos pequenos, além do lançamento de uma publicação abordando todo o processo de produção das atividades nas escolas. Até o momento, já participaram estudantes das escolas municipais Ana Alves Teixeira, Dinorah Magalhães Fabri, Vila Pinho, Antônio Aleixo, Vinícius de Moraes, Itamar Franco, Pedro Aleixo e, atualmente, as oficinas estão ocorrendo na Escola Municipal Antônio Sales Barbosa.