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Anéis levam quase 500 pessoas à hospital de BH

<p>Os anéis são os protagonistas de casos que requerem a sua retirada devido ao inchaço (edema) dos dedos</p>



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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:37
Atualizado em 01/02/19 às 19:20

Acessório que, aparentemente, não representa nenhum risco à saúde, os anéis são responsáveis por ocorrências que envolvem cerca de 480 atendimentos por ano no Hospital João XXIII (HJXXIII), da Rede Fhemig, maior hospital de pronto Socorro da América Latina.

Artigo de uso comum entre mulheres e homens das mais variadas idades, os anéis são os protagonistas de casos que requerem a sua retirada devido ao inchaço (edema) dos dedos (seja das mãos ou dos pés), em geral causado pela inadequada utilização do acessório. Os acidentes são mais frequentes em mulheres jovens, mas há um número considerável de casos envolvendo homens.

O médico cirurgião do HJXIII Luiz Antônio Paulino ressalta que, em média, o ambulatório de sutura do hospital atende cerca de 40 casos por mês. Paulino afirma que o uso de anéis traz consigo o risco da perda do dedo uma vez que o inchaço causado pelo uso incorreto pode provocar a alteração da circulação. Assim, o médico recomenda a compra do objeto observando-se a medida correta.

Como primeira ação a ser adotada, antes mesmo de se chegar ao hospital, é importante manter o braço elevado acima da altura do ombro por alguns minutos para que o dedo vá desinchando. Sempre que perceber alguma ferida na região entre o dedo e o anel, é recomendável a retirada do acessório antes que aconteça algum processo inflamatório. Também deve ser evitado o uso de anéis de aço, pois eles são mais difíceis de cortar, caso seja necessário.

Técnicas de retirada

São várias as técnicas para a retirada dos anéis nessas circunstâncias, o uso de cada uma delas vai depender das condições do dedo atingido. Desse modo, pode ser utilizado fio de sutura (nylon) enrolado ao dedo, alicate especial para corte do anel e o método, atualmente mais empregado pelo HPS, da fita feita a partir de esparadrapo dobrado e introduzido no espaço entre o dedo e o anel com a ajuda de uma solução oleosa que permite o deslizamento do anel, o que evita cortar o acessório. Todavia, a adoção das técnicas que não implicam no corte do anel ficam impedidas nos casos de presença de ferimento, fratura ou luxação do dedo inchado.