Governo de Minas atrasa parcela de 13º e revolta funcionalismo
Pagamento foi efetuado na terça-feira, um dia após o acordado
O atraso do já polêmico parcelamento do 13º salário de servidores públicos do Estado de Minas Gerais gerou revolta do funcionalismo e do sindicato que representa a categoria. A administração estadual não comunicou que havia a demora para o depósito da gratificação e justificou a mesma por atraso no fluxo de caixa e no expediente bancário. A terceira parcela - de um total de quatro - foi quitada na terça-feira (20), um dia após o cronograma.
Após receber dezenas de reclamações, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) soltou uma nota de repúdio (confira abaixo na íntegra) sobre o atraso, já que o acordo com o Executivo era regularizar o pagamento sempre no dia 19 e que a educação possui receita própria, o que não justificaria a demora no pagamento. Como explicação, a assessoria de imprensa do Estado afirmou que o atraso foi devido a um problema com o fluxo de caixa.
"Pagamos os últimos 17% que faltavam na terça-feira. Nosso problema foi com o fluxo de caixa, os servidores não receberam devido ao encerramento do expediente dos bancos quando o caixa foi regularizado". Segundo o Ministério da Fazenda o pagamento só é realizado quando a receita entra. "Não comunicamos à categoria porque a intenção do Estado é sempre pagar na data acordada, o pagamento ocorreria de qualquer forma, não tinha necessidade de comunicar", completa.
Nesta quarta-feira, às 16h, um novo encontro entre representantes da Assembleia Legislativa e as lideranças do Sind-UTE ocorrerá no Ministério Público Federal para discutir o piso salarial e outras reivindicações. De acordo com o sindicado, as reuniões foram sugeridas pela própria categoria e têm a intenção de evoluir o diálogo, já que, com o Executivo, os professores não chegaram a um acordo.
Nota do Sind-UTE na íntegra
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) repudia a atitude do governo de Minas de atrasar o pagamento da 3ª parcela do 13º Salário a “uma parte dos aposentados e aposentadas", que não teve o depósito efetuado no último dia 19 e nenhuma justificativa foi apresentada. As pessoas descobriram que não havia pagamento após ir ao banco.
Com isso, o governo descumpre o cronograma que ele mesmo estabeleceu, de fazer o pagamento do 13º Salário a todos/as os/as servidores e servidoras da Educação no Estado em quatro parcelas (19 de janeiro, 19 de fevereiro, 19 de março e 19 de abril).
Para o Sind-UTE/MG essa atitude evidencia, mais uma vez, o descaso deste governo a essa grande parcela da educação, que já deu a sua contribuição ao Estado e, portanto, merece respeito e tratamento digno.
O Sindicato não vê razões para esse tipo de “escolha” por parte do governo, uma vez que a educação tem receita própria vinculada e, portanto, teria os recursos disponíveis para quitar esses compromissos.
Continuarmos na luta em defesa dos direitos das oito carreiras da educação.