Bar de Respeito reúne opiniões de frequentadores sobre acolhimento e inclusão no atendimento
Em época de Copa do Mundo, quem indica um bom lugar para assistir aos jogos costuma fazer golaço entre amigos. O público LGBTQIAP+ de Belo Horizonte conta com uma ferramenta nova na hora de recomendar um rolê às pessoas próximas: o movimento Bar de Respeito, que reúne em uma plataforma on-line as classificações de usuários sobre a qualidade do atendimento a este recorte da população.
Qualquer pessoa pode se cadastrar no site oficial do movimento e registrar suas opiniões. Bares, restaurantes, casas noturnas e outros estabelecimentos ou espaços públicos são avaliados a partir da experiência pessoal de cada internauta, em categorias como “atendimento acolhedor” e “público respeitoso”. Também é possível indicar se o lugar é um “espaço LGBTI+”, ou seja, voltado especificamente para este público.
A plataforma traz classificações ainda mais detalhadas, que pretendem respeitar a individualidade de cada grupo da sigla em relação às experiências nos estabelecimentos. Por exemplo, pessoas trans podem conferir a algum lugar a característica de “trans amigue”, o que reforça a postura positiva daquele estabelecimento sobre questões como respeito aos pronomes e ao nome social. Também estão disponíveis selos que avaliam os locais a partir de seus posicionamentos em relação a outros recortes sociais, como “antirracista” e “amigável às pessoas com deficiência”.
BH é uma das oito cidades brasileiras onde o serviço foi disponibilizado, com lançamento pensado para o período de Copa do Mundo justamente para facilitar a troca de indicações dos lugares seguros para conferir os jogos. O movimento Bar de Respeito foi criado pela Nohs Somos, um coletivo LGBTI+ de Florianópolis dedicado a levantar soluções em tecnologia para combater a LGBTfobia.