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Conheça plantas nativas que podem ser usadas em ambientes internos

Arquiteta e paisagista lista algumas espécies brasileiras que podem ser interessantes para casas e escritórios



Créditos da imagem: Bruna Rezende/ shutterstock
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Redação Sou BH
17/07/20 às 18:00
Atualizado em 17/07/20 às 18:00

Quem já não tentou ter uma planta nova dentro de casa? Em geral, o que mais se vê são as mesmas espécies, sem tanta diversidade e a maioria estrangeiras, quando no Brasil há a maior biodiversidade vegetal do mundo à disposição. As plantas nacionais são desejadas por todos e muitas podem se dar muito bem em ambientes de escritório e dentro de casa.

“Atualmente, se fala muito do conceito “Urban Jungle” como um estilo de decoração”, comenta Tatiane Matsuo, arquiteta, paisagista e sócia-fundadora da Niwarq Projetando Harmonia. “Há diversos influencers no mundo mostrando suas casas repletas de plantas e demais elementos, criando um ambiente bem orgânico, com elementos naturais como pedras, madeira, muita claridade e vasos ou cestos”, complementa.

No entanto, a arquiteta ressalta que, para cada tipo de planta que se escolhe, é importante estudar os seguintes aspectos: insolação, irrigação, drenagem, adubação, ventilação e o recipiente em que se pretende colocá-la. “É como nós ou qualquer outro ser vivo: precisa de sol, água sem excessos pra não mofar, comida, uma moradia e troca de ar para respirar com qualidade”, afirma.

No caso de ambientes internos, o ideal é escolher espécies de “meia sombra” ou “sombra”, ou seja, que exigem apenas boa claridade ou sol parcial de preferência matinal. Além disso, em local onde há ar condicionado também exige plantas mais resistentes.

A paisagista  lista algumas plantas brasileiras que podem ser bem interessantes para quem quer se aventurar a ter uma companheira dessas no seu dia a dia:

Philodendrons


Crédito: saam3rd/ shutterstock

Há uma diversidade enorme de filodendros nativos. São pertencentes à família das Araceaes. Os mais queridinhos dos jardins são a costela-de-adão (Monstera deliciosa), o guaimbê (Philodendron bipinnatifidum), o pacová (Philodendron martianum) e o ondulado (Philodendron undulatum). Em geral, essas plantas necessitam de um bom vaso e espaço ao redor, pois abrem bem suas folhagens exuberantes. É interessante um vaso de, no mínimo, 50x50x50cm (altura x largura x profundidade). Todas essas vão bem em ambientes fechados, mesmo com ar condicionado, mas, como todas as plantas, preferem uma troca natural de ar.

Avenca (adiantum spp)
Crédito: Totokzww/ shutterstock

São herbáceas ornamentais do tipo pendente de folhas bem delicadas, não apreciam ficar em ambientes sem corrente de ar, gostam de permanecer úmidas, meia sombra e não crescem tanto. São ótimas para usar penduradas em “Hangers” ou vasos de parede. Elas exigem um pouco mais de atenção para acompanhar sua adaptação ao novo local em que ficarão, o bom é que rebrotam com facilidade.

Marantaceaes

Crédito: green_flower/ shutterstock

As marantas ou calatheas são também herbáceas, a maioria de meia sombra que possuem diversidade enorme de cores, tamanhos de folhagens e texturas. Também gostam de solo levemente úmido e solo fértil. A maranta zebrina (Calathea zebrina) é apreciada por suas listras, a maranta pena-de-pavão (Maranta leuconeura) também é muito conhecida, a maranta tricolor apresenta tons de vermelho com branco e verde rajados, que compõem muito bem com outros tons de verdes.

Além dessas, há diversas bromélias, orquídeas e samambaias brasileiras que podem contribuir com o ambiente. “Sempre que comprar uma planta peça para saber se ela é nativa”, recomenda Matsuo. Por que fazer isso? “As espécies estrangeiras hoje ocupam mais de 80% das vendas de atacado. Se nós, consumidores conscientes, começarmos a consumir mais as plantas nativas faremos o resgate da nossa flora nativa pouco a pouco. Priorizar as nativas é deixar nosso legado de gratidão pela nossa terra, é ter menos gastos, já que são espécies já adaptadas ao nosso clima, é alimentar bem a nossa fauna e consumir menos produtos industrializados para adubação e água. Ser fã de nativas é ser um consumidor consciente”, finaliza.