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Eleições! Sou BH questiona candidatos sobre o turismo na capital

Sou BH entrevistou os 11 postulantes ao cargo de Prefeito de BH



Créditos da imagem: Divulgação
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Candidatos à Prefeitura falam sobre o turismo na capital
Redação Sou BH
20/09/16 às 22:02
Atualizado em 01/02/19 às 19:19

No dia 2 de outubro, a população de Belo Horizonte vai às urnas para escolher o próximo prefeito da capital mineira. Onze candidatos estão na disputa em primeiro turno. Para auxiliar o belo-horizontino a decidir seu voto, o Sou BH preparou uma série de entrevistas com os 11 postulantes à vaga na Prefeitura.

Durante seis dias, vamos questionar os candidatos sobre temas que envolvem as áreas de cultural, entretenimento e turismo da cidade. A disposição das respostas é por ordem alfabética.

Belo Horizonte é uma cidade que ainda tem muito a ser explorada em relação ao turismo. Recentemente, a Pampulha recebeu o prêmio de Patrimônio Histórico da UNESCO, um importante reconhecimento internacional. Como aproveitar essa e outras características de BH para alavancar o turismo em nossa cidade? Foi isso o que perguntamos aos candidatos.

Confira abaixo as respostas!

Sou BH: Após a Copa do Mundo e Olimpíada, qual é a proposta para alavancar o turismo de Belo Horizonte?

Délio Malheiros (PSD): 1. Criar o Programa “Pampulha 2020”, com o objetivo de promover o Conjunto Moderno da Pampulha, dando-lhe visibilidade nacional e internacional, por meio do desenvolvimento de diversas ações, como a criação de meios de transporte aquático, instalação de banheiros públicos no entorno, a implantação de ônibus turístico e a ampliação da oferta de serviços turísticos.

2. Conferir aos eventos e festivais da cidade o caráter de produtos turísticos, em especial o Carnaval, o Arraial de Belô, a Virada Cultural, o Festival Internacional de Teatro (FIT), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ).

3. Atuar para manter o alto nível de qualificação da Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, consolidando e ampliando sua posição entre os atrativos turísticos de BH, com reconhecimento do trabalho dos artesãos, levando em consideração o tempo de atuação.

4. Incentivar feiras especializadas na cidade como forma de atração turística, em especial a Feira de Flores, adotando medidas para sua auto-sustentação.

5. Tornar a cidade ainda mais amigável ao turista estrangeiro.

6. Intensificar a promoção de Belo Horizonte junto aos turistas, viajantes a negócios e moradores da RMBH, levando-os a conhecer a agenda cultural da cidade, seus atrativos, o artesanato, a gastronomia, os monumentos, equipamentos culturais e espaços de lazer, incentivando o consumo na cadeia produtiva do turismo, como restaurantes, hotéis, teatros, cinema e centros de compras.

7. Manter constantes ações de promoção que visam à interligação entre as cidades que possuem o título de Patrimônio da Humanidade, como Congonhas, Ouro Preto e Diamantina, para definições de estratégias em conjunto e atração de turistas.

8. Intensificar a atração de eventos de relevância nacional e internacional, incluindo feiras de negócios e congressos.

9. Viabilizar o Centro de Convenções de Belo Horizonte, visando garantir a competitividade da cidade para a realização de eventos, bem como apoiar o uso de outros espaços para eventos.

10. Atuar de forma proativa na busca de parcerias e fomento ao chamado “turismo médico”.

11. Valorizar o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) reconhecendo sua importância para o setor.

Eros Biondini (PROS): Essa é uma das principais bandeiras do nosso Programa. Transformar BH em referência turística nacional, fomentando a economia local, gerando emprego e renda para a população.

O turismo vem conquistando um espaço cada vez mais de destaque na sociedade brasileira e no mundo. A capital mineira segue a mesma tendência com crescimento expressivo na última década, sobretudo nos últimos anos, impulsionado pela Copa do Mundo de Futebol, realizado em 2014 e pelas Olimpíadas de 2016, tendo nossa capital como uma das sedes. Preliminarmente e, em linhas gerais, a despeito dos avanços apresentados nos últimos anos na área do Turismo, Belo Horizonte ainda requer investimentos para a construção de pelo menos um Centro de Convenções com capacidade superior a 5 mil pessoas e estacionamento, Terminal Rodoviário Turístico, a redução considerável do ISSQN para prestadores de serviços de turismo, interlocução mais regular e qualificada entre a PBH, Belotur e o DER e o DNIT e a desburocratização dos processos de licenciamento para transporte de turismo, entre outros.

João Leite (PSDB): Temos de tirar do papel o novo Centro de Convenções, fundamental para atração de eventos para a capital, fortalecendo o turismo de negócios. Além disso, vamos reestruturar a Belotur e oferecer roteiros turísticos que traduzam a diversidade cultural de BH. Atrativos não nos faltam, como o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, reconhecido como um dos mais importantes corredores culturais do país, e a Pampulha, cuja manutenção do título de Patrimônio Cultural da Humanidade depende do atendimento a uma série de condições estipuladas pela Unesco, que nós vamos cumprir. Temos ainda o Aquário da Bacia do São Francisco, o maior de água doce do Brasil, o Mercado Central, que é uma atração consolidada, e eventos como o carnaval de rua e a virada cultural, entre outros, que receberão a merecida atenção por parte da prefeitura.

Kalil (PHS): Alavancar o turismo de Belo Horizonte é trazer eventos. Eu já visitei o BH Convention & Visitors Bureau, conversei com o pessoal de turismo de BH, e acho que se alavanca turismo em uma cidade como a nossa fazendo um turismo de negócio, fomentando o turismo em bares, restaurantes, casas noturnas, passeios. Basicamente, BH tem vocação para o turismo de negócios.

Luis Tibé (PT do B): A primeira coisa é reconhecer Belo Horizonte como um atrativo turístico, coisa que a atual gestão definitivamente não faz. E para isso, temos que reestruturar a Belotur e ampliar a relação com o trade, que é fundamental para alavancar o setor. É preciso também levar qualificação para as pessoas que trabalham na Belotur e nos Centros de Atendimento ao Turista. Além disso, precisamos fazer um trabalho de reconhecimento e valorização dos nossos pontos turísticos, nossa cultura, nossa gastronomia e o que tivermos de melhor, porque somos ricos nisso, mas não estamos dando o devido valor.

Implementar uma Política de Turismo de Negócios em BH, só será possível se houver investimento na área, trazendo grandes feiras nacionais, congressos e eventos, viabilizando a implantação, no município, de centros de convenções de grande ou médio porte.

Belo Horizonte pode se tornar um destino turístico como Ouro Preto, Mariana ou Inhotim e deixar de ser uma cidade dormitório. Juscelino Kubitschek e a Unesco estão nos dando a oportunidade de colocar nossa cidade no radar do turismo internacional com o título da Pampulha. Só nos resta saber aproveitar este pontapé.

Marcelo Álvaro Antônio (PR): A gestão municipal deve ter um olhar sensível para o turismo em BH e reconhecer suas vocações com incentivos e estímulos. O turismo de negócios deve ser potencializado. A PBH tem que ser parceira de empresas e associações e trazer para cá ainda mais feiras, eventos e congressos relacionados aos principais setores econômicos do estado.

Além disso, campanhas sobre nossos patrimônios como o Mercado Municipal e Conjunto Arquitetônico da Pampulha devem ser estimulados em nível nacional e internacional, com foco no aumento gradativo do tempo de permanência e consumo de visitantes na cidade. Temos inúmeras opções gastronômicas, culturais, de lazer, de compras e de artesanato na capital mineira, além de nossa vocação natural para bares e restaurantes. Tudo isso pode e deve crescer a partir de um olhar sensível do prefeito.

Maria da Consolação (PSOL): Se a cidade for boa para os belo-horizontinos e para os mineiros, ela será também para os turistas. Por isso, vamos investir nas praças, ruas e parques. Implantar infraestrutura segura de lazer para as crianças nas praças. Vamos apoiar as iniciativas populares na área da cultura e da economia criativa e o Carnaval autônomo, inclusivo e diverso. Vamos incentivar o turismo LGBT, Jovem e Idoso, criando a marca BH Cidade Internacional da Diversidade, nossa maior qualidade.

Reginaldo Lopes (PT): O candidato não respondeu no prazo solicitado.

Rodrigo Pacheco (PMDB): O turismo é uma das atividades impulsionadoras da economia, com grande potencial para movimentar a renda local. Em Belo Horizonte, o turismo de negócios, a partir de eventos, feiras, congressos nacionais e internacionais, pode ser uma vocação melhor explorada. Porque este setor ainda deixa a desejar. Temos dados do Observatório do Turismo que apontam que nossa receita em 2013 foi de R$ 3,1 bilhões. E, em 2015, o valor estimado foi de R$ 2,4 bilhões. Ou seja, perdemos receita. Porque, entre outras coisas, não contamos com um centro de convenções moderno, que comporte até mesmo as demandas tecnológicas atuais, o que torna necessário a construção de um. Precisamos contar com toda a estrutura preparada para atrair para Belo Horizonte eventos de grande porte. Já contamos com uma rede hoteleira robusta, em virtude da Copa do Mundo. E o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que recentemente recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, será como tratado como prioridade na nossa gestão, e cumpriremos todas as condicionantes, entre elas a limpeza da Lagoa da Pampulha.

Sargento Rodrigues (PDT): A administração precisa primeiro entender as potencialidades turísticas da cidade. Os serviços, a cultura e os eventos são o ponto alto da atração de pessoa, esses setores precisam ser potencializados. E não é difícil, basta que a prefeitura tenha uma burocracia menos burra e pare de atrapalhar quem quer investir e empreender na cidade.

Vanessa Portugal (PSTU): Houve durante o período pré-copa um processo de especulação que gerou a construção de uma rede hoteleira que não condiz com as necessidades da cidade, acreditamos que parte desta rede construída terá de ser destinada a outras atividades de relevância social na cidade, para diminuir o déficit habitacional, por exemplo. O que não elimina ações de fomento às produções culturais na cidade (responderemos com mais detalhes na pergunta abaixo), ao incentivo aos empreendedores familiares da culinária mineira e ao incentivo e divulgação da produção artesanal da cidade.

Quer saber a posição dos candidatos sobre a Lei do Silêncio? Clique aqui.