Um grupo de estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) está se preparando para uma competição mundial de automobilismo. A equipe Fórmula Cefast vai disputar a Fórmula SAE Michigan, nos Estados Unidos, entre os dias 8 e 11 de maio. Entre os adversários, competidores do Canadá, Alemanha, Áustria, México, Venezuela, Coréia do Sul, Singapura, Polônia e do país anfitrião. 

A classificação veio no ano passado, quando a equipe conquistou o primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Fórmula SAE, que acontece, anualmente, em Piracipacaba, São Paulo. Na equipe estão 42 alunos de diferentes cursos do Cefet, como engenharia mecânica, engenharia de materiais e engenharia da comunicação. Os estudantes constroem o carro e quatro deles participam como pilotos nas competições. 

Em 2017, a equipe obteve a vaga para o mundial de Lincoln (EUA) que foi disputado em junho de 2018, com o ES-09, o melhor carro do Brasil no quesito aceleração. Na disputa internacional com 67 equipes de todo o mundo, esse protótipo alcançou a décima oitava colocação geral e a equipe voltou com o seu primeiro troféu internacional, após conquistar a primeira posição na Apresentação de Negócios. Este ano o grupo vai usar o mesmo carro.

Carro testado

Os meninos do Cefet contaram ainda com a opinião do piloto mineiro de Fórmula 2, Sérgio Sette Câmara. O competidor, que também é piloto de testes de Fórmula 1 da McLaren, andou algumas vezes no carro e deu dicas sobre pontos a serem melhorados no veículo para o próximo desafio. 

 

“Nossa perspectiva é muito boa, porque estamos nos envolvendo muito no projeto, então a qualidade da equipe tende a subir. E comparando com a competição do ano passado, fizemos algumas mudanças no carro, reduzimos marcha, aumentamos a potência entre outras coisas”, comenta o aluno e um dos integrantes da equipe, Thomas Andrade. 

Para essa missão no exterior, os alunos contam com o apoio do Cefet para custear os gastos. A instituição vai financiar toda a viagem e oferecer bolsa para os estudantes participarem da competição nos Estados Unidos. “No Brasil a gente vê que várias universidades estão vivendo um cenário difícil economicamente, ainda sim, o Cefet investe na gente”, acrescenta Thomas.