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Está proibido usar fogos de artifício com barulho em BH

Descumprimento pode acarretar ao cidadão a imposição de multa



Créditos da imagem: Túlio Santos/EM/D.A Press
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A proibição a que se refere a lei estende-se a recintos fechados e abertos, áreas públicas e locais privados
Redação Sou BH
09/09/22 às 14:56
Atualizado em 09/09/22 às 14:56

A Prefeitura de Belo Horizonte sancionou a lei que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampido, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, na capital mineira. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM), nesta sexta-feira (9/9).

"Excetuam-se da regra prevista no caput deste artigo os fogos de vista, assim denominados os que produzem efeitos visuais sem estampido, assim como os similares que acarretam barulho de baixa intensidade", diz um trecho da publicação.

Além da proibição, a PBH estabelece ainda outras providências. A proibição a que se refere a lei estende-se a recintos fechados e abertos, áreas públicas e locais privados. O descumprimento pode acarretar ao cidadão a imposição de multa a ser fixada pelo Poder Executivo. A lei, que entrou em vigor, será regulamentada no prazo de 90 dias.

Pets agradecem

Os cães têm a capacidade auditiva maior que a dos humanos e, para eles, barulhos acima de 60 decibéis, que equivale a uma conversa em tom alto, podem causar estresse físico e psicológico, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). O ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, se comparado a humanos, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes. Por esse motivo, a queima de fogos com barulho, em comemorações como o réveillon, torna-se um momento de desespero para os animais, silvestres e domésticos.

Segundo a médica-veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do CFMV, muitos filhotes acabam sofrendo um “erro de sociabilização”, que precisa ocorrer no período entre 21 a 90 dias de vida dos cães e gatos, e desenvolvem fobias, sobretudo a sons altos como fogos de artifício e trovoadas.

Segundo a médica-veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do CFMV, muitos filhotes acabam sofrendo um “erro de sociabilização”, que precisa ocorrer no período entre 21 a 90 dias de vida dos cães e gatos, e desenvolvem fobias, sobretudo a sons altos como fogos de artifício e trovoadas", explica Oliveira.