Faça o bem: conheça o projeto Mamamiga

A casa promove a valorização da vida a partir de ações como mobilização de organizações sociais, governos e pessoas, apoio, monitoramento e prevenção

Créditos da imagem: VGstockstudio/Shutterstock.com
Bárbara Batista
20/07/20 às 20:50
Atualizado em 23/07/20 às 17:42

Precisamente no dia 18 de outubro de 1984, foi fundada a Associação de Prevenção do Câncer na Mulher (ASPRECAM), a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) não possui fins lucrativos e luta ao lado de mulheres e familiares com orientações sobre autocuidado e auxiliando ao longo do tratamento de câncer de mama.

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A associação trabalha em três eixos: apoio ao paciente no diagnóstico e tratamento, capacitação de profissionais do SUS e implantação de sistema de informação e mobilização da sociedade para prevenção e diagnóstico precoce.

Em um dos programas realizados pela casa, o DedicAção, voluntárias acompanham as mulheres com o diagnóstico positivo da doença durante todo o tratamento, desde as consultas médicas até as sessões de quimioterapia, indicando caminhos e fazendo o acolhimento psicossocial e motivacional.

Durante o período de pandemia, o Movimento Mamamiga precisou repensar sua forma de atuação. Muitas pacientes pararam o tratamento por medo ou falta de recursos e o trabalho das voluntárias precisou ser revisto, já que elas são presença forte e contínua durante o tratamento das mulheres assistidas. Foi então que a Roche passou a patrocinar o movimento e mantém recursos para transportar as assistidas e ainda envia cesta básica e sacolão semanal com verduras e frutas a todas elas.

Patrícia Sartini ressalta ainda a importância de manter o tratamento mesmo durante a pandemia. “Quinzenalmente são feitas lives com profissionais das áreas de saúde e artistas para levar informação e entretenimento neste período tão difícil de isolamento. O tratamento contra o câncer não pode ter quarentena. Ele não espera”, afirma.

A diretora de comunicação da ASPRECAM, Patrícia Sartini explica ainda que o Movimento Mamamiga é uma invenção do cirurgião plástico e mastologista Thadeus Provenza, de um modelo didático de uma mama, feita em látex, que ensina a fazer o auto-exame e mostra alterações que podem ser detectadas a partir do toque. “O modelo foi a maneira encontrada de proporcionar a homens e mulheres uma experiência tátil para que ambos, ao fazerem o auto-exame ou o exame na companheira, saberem o que estão procurando”, diz.

“O modelo é comercializado para médicos, prefeituras, postos de saúde, clínicas. Algumas empresas têm nos banheiros: a faz comunicação, a 22 graus. O flamengo, patrocinado pelo Hermes Pardini, colocou ano passado em todos os banheiros femininos do Maracanã. Nosso sonho é que ele esteja em todos os banheiros”, ressalta a diretora.

É a partir das vendas do modelo que a casa viabiliza outros projetos.

Preconceito

Apesar de estarmos no século 21, ainda existe muita ignorância e preconceito em relação a doença. Patrícia revelou que muitas mulheres, após receberem o diagnóstico do câncer de mama, acabam “perdendo” os maridos por total desinformação. É que os homens, mesmo em 2020, rejeitam as pacientes. A ASPRECAM apoia as mulheres inclusive para superar essas etapas.

 

Saiba como ajudar

O movimento Mamamiga e a ASPRECAM são apoiados pelo portal Sou BH e o Grupo Jchebly. Durante as lives realizadas pelo projeto Sou BH Talks, você pode doar a partir do QR Code, localizado na tela, pelo telefone (31) 99879-8181 ou pelas redes sociais da casa. Para saber mais formas de ajudar o abrigo, basta acessar o site da iniciativa. Há vagas para voluntárias e também para mulheres assistidas.