Pat Lisboa não conseguiu conter o riso com Caju, Kayete Fernandes e Thiago Carmona
Humor é um
determinado estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e
de bem-estar psicológico e emocional de uma pessoa. Sabe o que é ótimo para
deixar qualquer um de bom-humor? Boas risadas! E, para celebrar a importância
da comédia e garantir muitas gargalhadas, o Sou BH Talks da última sexta-feira
(14) convidou alguns especialistas no assunto.
A mediadora Pati Lisboa não conseguiu conter o riso com as
histórias de Caju, roteirista, apresentador e humorista há 30 anos; Kayete
Fernandes, atriz e apresentadora com 28 anos de carreira, e Thiago Carmona,
humorista com quatro concursos de humor no currículo, palestrante e comunicador
social.
Como não poderia ser diferente, o programa já começou cheio
de histórias pra lá de engraçadas, com os convidados contando alguns momentos
inusitados que viveram durante a pandemia. Entre cancelamentos de peças e
stand-ups, surtos, mania de limpeza, saudade da escola dos filhos e compras
desnecessárias, os humoristas estão vivendo a pandemia como todos nós!
O começo e o caminho até aqui
O começo no humor também foi um dos temas tratados. Segundo
Kayete, desde criança ela já tinha uma veia artística e humorística bem
aflorada. “Com seis anos eu já botava Gretchen e ficava na Conga La Conga. E
minha mãe já me olhava assim. E o povo já ria. Eu apresentava show de calouros
que não existia. Eu era jurado, era apresentador, era candidato. Então, acho
que está na veia desde criança. Eu costumo dizer que o humor me resgatou. Quando
você é uma criança afeminada, a criança é muito cruel uma com a outra, então
veio o bullying na escola. E na década de 80 era muito mais difícil que agora”.
A atriz ainda conta que, para lidar com as ofensas e a
exclusão, se uniu a um grupo de alunos que também eram excluídos e começou a
colocar todo o sofrimento para fora em forma de humor e aproveitando o acesso
que tinha à cultura, criando as primeiras feiras culturais do colégio. “O riso
é o filtro da dor, quando você está sorrindo, você esquece de tudo”, completa.
Caju conta que o humor o ajudou a lidar com a timidez na
infância. “Eu sempre fui muito tímido, uma criança muito tímida. Então, o humor
sempre serviu como um escudo protetor. E humor para mim é muito de observação,
eu era uma criança muito observadora. Claro que tinha essa parte de ser
brincalhão, alegrar a galera em casa, pegar roupa de pai e mãe. Mas essa coisa
da observação, eu acho que é fundamental para ser um bom ator e eu sempre tive
isso de ser observador desde pequeno”.
Além disso, o apresentador sempre teve o talento para
escrever textos de humor. Ele conta que já na escola fazia as brincadeiras,
escrevia as piadas e passava para os amigos contarem e ficarem com o sucesso
todo. Porém, mais tarde, descobriu que era isso que amava fazer, virou ator
profissional e, hoje, também é roteirista. “É o que eu amo fazer. E eu não troco
o que eu amo fazer por nada”, afirma.
Para Thiago, o começo foi um pouco diferente. “Eu sempre fui
bem humorado. Fui criado em família de mineiro contador de ‘causo’. E era
sempre aquela reunião para contar uma historinha que virava uma história
gigantesca, que no meio você chora e depois morre de rir. Não sabe o que é
mentira e o que é verdade. Então, eu cresci muito bem humorado”.
Porém, o humorista conta que só se envolveu com a comédia e o
teatro depois de se formar em Publicidade e Propaganda e conhecer o Queijo, Comédia
e Cachaça, um grupo de stand-up. Nesse momento, descobriu que já tinha um
stand-up todo escrito e que tinha que trabalhar contando histórias e
conversando com as pessoas. “Hoje eu sei que fui fisgado pelo humor, não consigo
viver sem o humor. É uma terapia que dá uma paz e ajuda a superar muitas coisas”,
destaca.
Sempre nessa pegada cheia de boas gargalhadas e histórias
para contar, os convidados fizeram piadas, compartilharam casos dos muitos anos
de carreira e refletiram sobre os caminhos que os levaram até ali e a
atualidade na comédia.
Sou BH Talks
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