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Lagoa da Pampulha é própria para banho? Veja quanto foi gasto até hoje na limpeza

Confira quanto a PBH já gastou com a limpeza do maior cartão postal da cidade


Créditos da imagem: Reprodução
Vista da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, com a icônica Igreja de São Francisco de Assis ao fundo, cercada por áreas verdes e uma roda-gigante. Até o momento, Lagoa da Pampulha é imprópria para banho

Redação Sou BH

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06/07/25 às 07:00
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A Lagoa da Pampulha é um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte. Apesar da beleza, há quem não saiba que o lugar é alvo de uma série de questões sobre a qualidade da água. Afinal, a água de lá é própria para banho?

Mesmo com avanços pontuais, a Lagoa da Pampulha continua imprópria para banho. Segundo a Prefeitura da capital mineira (PBH), o espelho d’água ainda apresenta níveis de poluição que impedem atividades como natação, pesca ou qualquer outro tipo de contato direto com a água.

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Atualmente, a lagoa é classificada no nível 3, o que, em tese, permitiria apenas navegação e esportes náuticos de menor contato, como vela. Ainda assim, a legislação municipal proíbe qualquer tipo de atividade aquática, devido aos riscos à saúde pública, pois o contato com a água pode provocar infecções causadas por vírus, bactérias e fungos.

A prefeitura afirma ainda que mantém um programa de limpeza diária, com foco na recuperação ambiental e no uso contemplativo do espaço, e não na recreação aquática.

Quanto já foi gasto?

Desde 2015, a PBH mantém contrato com o Consórcio Pampulha Viva para a limpeza e manutenção da lagoa. O acordo foi recentemente renovado, sem licitação, com custo anual de R$ 22,5 milhões e validade até 28 de fevereiro de 2026. O consórcio é responsável por ações como remoção de resíduos, monitoramento da qualidade da água e apoio na manutenção ambiental da região.

Somente com a coleta de lixo, a prefeitura prevê um gasto de R$ 1,5 milhão por ano, uma necessidade crescente, especialmente durante o período chuvoso, quando o volume de resíduos despejados na lagoa pode chegar a 20 toneladas por dia.

Ao longo das últimas duas décadas, a PBH, junto a outros órgãos públicos e à Copasa, já investiu mais de R$ 1,4 bilhão em ações voltadas para a despoluição e manutenção da Lagoa da Pampulha. Desse total, R$ 615 milhões foram aplicados pela Copasa apenas na bacia hidrográfica, desde 2002.

Além disso, um novo acordo entre a PBH, a cidade de Contagem e a Copasa prevê a aplicação de R$ 146,5 milhões em um plano de despoluição mais robusto. O objetivo é impedir o lançamento de esgoto na bacia e melhorar, de forma sustentável, a qualidade da água no longo prazo.