Manifestação pacífica marca a quinta-feira em BH
<p><span>Pelo quarto dia seguido, os manifestantes levantavam cartazes e gritavam "sem violência"</span></p>
Na noite desta quinta-feira (20), cerca de 20 mil pessoas voltaram às ruas de Belo Horizonte. Os manifestantes se concentraram na Praça Sete, no centro da cidade, e marcharam para a região sul. Ao longo do trajeto, o protesto foi pacífico e apenas uma ocorrência foi registrada, segundo a Polícia Militar.
Pelo quarto dia seguido, os manifestantes levantavam cartazes e gritavam "sem violência", sempre que algum sinal de confusão surgia na multidão. As reclamações eram muitas. Uma jovem chegou a segurar a mensagem ?Tem tanta coisa errada, que não cabe em um cartaz?.
Na frente da Câmara Municipal, um grupo com carro de som cantou o hino nacional e hasteou uma bandeira do Brasil nos mastros do prédio do Legislativo municipal. Não houve vandalismo e os manifestantes pediam que não houvesse violência para não atrapalhar a marcha.
Durante todo o protesto, os manifestantes condenaram os gastos excessivos com a copa, a PEC 37, que tenta retirar o poder de investigação do Ministério Público, pediram passe livre no transporte público e melhor saúde e educação. O projeto de "cura gay", aprovado em comissão na Câmara dos Deputados, também foi muito criticado.
Os manifestantes se mostraram insatisfeitos com a redução de cinco centavos proposta pela prefeitura e prometeram ocupar o plenário da Câmara Municipal na próxima semana.
Redução da passagem
O prefeito Marcio Lacerda anunciou nesta quinta-feira (20) que irá enviar para a Câmara Municipal até segunda-feira (24) um projeto de lei que propõe a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) que incide nos custos do transporte coletivo. Caso seja aprovada no legislativo, a tarifa de ônibus de maior valor em Belo Horizonte, que atualmente é R$ 2,80, passaria para R$ 2,75, o que representa uma redução de 2% do imposto.