Tecnologia visa identificar torcedores proibidos de ir aos estádios, mas pode ser ampliada para substituir o ingresso
Neste domingo (6), o torcedor que for assistir ao clássico entre Atlético e Cruzeiro e for pego praticando qualquer ato ilícito no Mineirão passará por um cadastramento facial que o impedirá de frequentar os jogos do seu time no Gigante da Pampulha. A iniciativa é do Juizado do Torcedor e foi criada por uma empresa mineira de tecnologia.
“O torcedor que brigar ou causar confusão nos estádios da capital mineira ficará proibido de acompanhar outros jogos do time, como previsto na lei e no estatuto do torcedor”, conta a coordenadora dos Juizados Especiais, Flávia Birchal.
Ela acrescenta que até então era inviável saber se o torcedor estava ou não frequentando os jogos, mas com o uso da identificação facial, será possível a partir de agora ter efetividade do cumprimento dessa pena. De acordo com Birchal, a capital mineira será a primeira cidade do país a contar com essa novidade nos estádios em definitivo, com a implantação pelo Juizado do Torcedor de Minas Gerais.
“Nosso objetivo é levar essa ferramenta para todo Brasil e assim, garantir o cumprimento das leis e aumentar a segurança nos estádios para os torcedores”, frisa Ricardo Cadar, diretor da Biomtech, empresa responsável pela tecnologia. “O sistema é antifraude e as informações são sigilosas, sem o risco de serem vazadas”, garante Cadar.
Outra iniciativa que já está em andamento é usar o sistema desenvolvido pela empresa para que o torcedor tenha acesso ao estádio somente pela face. Além de mais ágil, o sistema permite que o torcedor adicione todos os documentos que deve levar aos jogos, tais como ingresso, identidade e comprovante de vacinação em um só aplicativo e na hora que for entrar, simplesmente mostrar o rosto e passar pela catraca sem necessidade de ficar mostrando vários documentos.
“Dessa forma, o torcedor pode ir assistir ao time do coração sem preocupação em levar esses documentos no bolso, carteira ou na bolsa, mais comodidade e segurança”, acrescenta Cadar.