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Por que eu amo Belo Horizonte?

Grandes artistas declararam seu afeto pela cidade e indicaram locais importantes da capital


Créditos da imagem: Bruno Martins Imagens/shutterstock.com

Júnior Castro

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12/12/19 às 11:00
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“Belo
Horizonte é a mulher que amo. É atravessar as ruas abençoadas pelos ipês,
quaresmeiras e sibipirunas. É respeitar o vento que vem de noite sussurrando o
pólen das verdades e versos antigos de Drummond e Emílio Moura. É esperar que
uma orquestra surja de repente na praça para despertar a vontade de dar as
mãos. É procurar a infância de volta na feira hippie. É encontrar a sabedoria
dos velhos pais no Mercado Central, comer as fofocas quentes com o fígado e o
jiló. É ser assombrado pela beleza da luz, como se vivêssemos dentro de uma
igreja, sob o afresco de um permanente céu azul.” Nas palavras do poeta,
cronista e jornalista Fabrício
Carpinejar
, damos início ao nosso especial que comemora os 122 anos de Belo
Horizonte. Dessa vez, entretanto, viemos com uma proposta diferente e, muito
além de enaltecer e contar a história da capital, conversamos com
personalidades importantes, que nos responderam a seguinte pergunta: Por que
você ama BH?

Inês Peixoto:
Eu amo BH, cidade onde nasci e cresci, cidade grande com ares de cidade
pequena. Mesmo sendo uma capital, andando pelo centro sempre encontramos alguém
conhecido. Fica a sensação de estar em casa. O céu é bonito e olhar a Serra do
Curral lá no alto da Afonso Pena, dá a sensação exata do Belo Horizonte que ainda
nos rodeia. Queria ver a cidade buscando um progresso consciente, que
preservasse o passado e apontasse para um futuro mais humano e ecológico.

Teuda Bara:
Eu amo Belo Horizonte, porque é minha Terra, porque nasci aqui. Faço teatro
aqui, o Grupo Galpão é daqui. Eu amo as cascatas do Parque das Mangabeiras, o
Mercado Central, o Parque Municipal, a Praça do Papa que, inclusive, sou
madrinha. Eu Amo BH!

Henrique Portugal:
Belo Horizonte é a cidade dos encontros. Aqui, com o afeto típico dos mineiros,
as relações fluem e se tornam duradouras. Somos uma capital onde os valores
pessoais ainda são importantes.

Flávio Renegado:
BH é a cidade da pluralidade. É a capital que respira, ao mesmo tempo, cultura,
esporte, lazer e música. Somos uma terra de gente guerreira e que corre atrás
dos sonhos, até que eles se tornem realidade.

Flávio Venturini:
Minha relação com Belo Horizonte é de carinho, encanto, admiração e afeto. É
onde me formei enquanto pessoa, artista e músico. Penso que, nesses 122 anos,
BH irradia para o Brasil a melhor energia possível, pois nossa gente tem um
coração do tamanho universo. Sou apaixonado por Belo Horizonte.

Por fim, para além de celebrar todo nosso amor, cada um de nossos entrevistados sugeriram lugares importantes e que, não apenas os belo-horizontinos, mas todas as pessoas deveriam conhecer por aqui!

Parque das Mangabeiras – localizado
na Serra do Curral, zona sul da cidade, foi inaugurado em 1982 e possui
2.350.000 m² de área totalmente cercada, que foi decretada local de preservação
em 1966.

Praça da Liberdadeo
complexo paisagístico e arquitetônico da Praça da Liberdade é uma síntese dos
estilos que marcam a história de Belo Horizonte, e fica na região do
Funcionários, no encontro de quatro grandes avenidas: Cristóvão Colombo;
Avenida João Pinheiro; Avenida Brasil; e Bias Fortes.

Mercado Central anteriormente
denominado Mercado Municipal de Belo Horizonte, ele está localizado no Centro
da capital. Foi criado em 7 de setembro de 1929 pelo, então prefeito, Cristiano
Machado, e pertenceu à Prefeitura até 1964. Seu galpão ocupa um quarteirão
inteiro, sendo a entrada principal voltada para a avenida Augusto de Lima.

Parque Municipalo
Parque Municipal Américo Renné Giannetti é o principal parque de Belo
Horizonte. Ele fica no centro da cidade, ao lado da Avenida Afonso Pena e
possui uma área de 180.000 m².

Praça do Papaa
Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como Praça do Papa, está localizada no
bairro das Mangabeiras. Situa-se próxima à base da Serra do Curral, ao final da
Avenida Agulhas Negras e a mais de 1.100 m de altitude. Em suas imediações
estão outras atrações da cidade, como o Parque das Mangabeiras, projetado por
Burle Marx e a Rua do Amendoim, famosa pela ilusão de que objetos sobem
livremente uma ladeira.

Museu de Arte da Pampulhao
Museu de Arte da Pampulha, antigo Cassino da Pampulha, integrante do Conjunto
Arquitetônico da Pampulha, enfoca tendências artísticas variadas em mostras,
pesquisa e conceituação. Em seu acervo, obras da arte contemporânea brasileira.
É um dos prédios construídos pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo engenheiro
Joaquim Cardoso ao redor da lagoa da Pampulha, no bairro Jardim Atlântico, a
pedido do, então prefeito, Juscelino Kubitschek, no início da década de
quarenta.

Sala Minas Geraisinaugurada
em 2015, a Sala foi projetada e construída especialmente para servir como sede
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com 32.464m² e capacidade para 1477
espectadores, orquestra e coro, o local dispõe de recursos de acústica variável
e foi projetado pelo arquiteto José Augusto Nepomuceno.

Palácio das Artesvinculado
à Fundação Clóvis Salgado, é o maior centro de produção, formação e difusão
cultural de Minas Gerais e um dos maiores da América Latina. Está localizado no
centro da cidade e ocupa uma área 18.000 m² dentro do Parque Municipal Américo
Renné Giannetti.

Feira Hippiea
Feira Hippie, ou feira da Afonso Pena, é uma das maiores feiras de artesanato
da América Latina. Todo domingo, entre o nascer do sol e às duas da tarde,
centenas de barracas tomam dois quarteirões da principal avenida da cidade.
Artesanatos, objetos de decoração, artigos em couro como bolsas e sapatos,
malhas, camisetas, móveis, bordados e outros itens podem ser encontrados na
feira por preços acessíveis, bem abaixo do praticado em lojas.

Centro Cultural Banco do Brasil – BH
localizado no prédio da antiga Secretaria de Estado de Defesa Social, o CCBB
Belo Horizonte promove atividades nas áreas de artes plásticas, artes cênicas,
música, ideias e programa educativo. O local oferece programação regular e
diversificada, com exposições temporárias; teatro com capacidade para 300
lugares; espaços para atividade audiovisual, música, dança, teatro e espaços
multiuso para debates, conferências, oficinas, palestras e atividades
interativas e educacionais; espaços de convivência, lazer e alimentação, além
de loja para comercialização de produtos culturais.

Bolãoo
Bolão de Santa Tereza, aberto desde de 1961, é um dos mais conhecidos e
tradicionais bares da cidade, por seus famosos pratos “Macarrão do
Bolão” e “Rochedão”, e por ser frequentado por artistas e intelectuais
da cidade.

Capitão Leitão eleito uma das sete maravilhas da gastronomia portuguesa, o
tradicional Leitão assado à Bairrada, prato típico dessa região de Portugal, é
o destaque do Capitão Leitão. Localizada no bairro Santa Tereza, a casa é
dedicada exclusivamente às receitas feitas com carne suína. Com uma proposta
mais despojada e informal, o ambiente segue a linha boêmia dos arredores.

Birosca S2localizado
nas famosas ladeiras do Santa Tereza, o Birosca S2 é uma casa pra você chamar
de sua; com varanda pra pracinha, cozinha aberta, piano de armário e deliciosa
comida brasileira.

Casa Bonomifazer
cada vez mais bem feito é o que move, desde o início, a Casa Bonomi. A ideia de
abrir a padaria surgiu em 1997, durante a última turnê de Paula Bonomi como
bailarina do Grupo Corpo, em Bruxelas. Com o apoio e o incentivo de Lúcia
Campelo no desenvolvimento do conceito, e de Freusa Zechmeister na concepção do
ambiente, nasceu, no mesmo ano, uma das principais casas de pão da cidade.

Parrilla del Mercadoa
casa, que possui  três ambientes, foi
inspirada no Mercado Del Puerto, de Montevidéu. Enquanto aguarda uma mesa, o
cliente pode tomar um chope no balcão e observar a grelhagem das carnes, que é
feita em fogo de lenha por churrasqueiros uruguaios. Vale a pena experimentar o
bife parrillero, contrafilé coberto com molho à base de vinho e
pimenta-do-reino e, para acompanhar, a batata assada com queijo de roquefort.