Grandes artistas declararam seu afeto pela cidade e indicaram locais importantes da capital
“Belo
Horizonte é a mulher que amo. É atravessar as ruas abençoadas pelos ipês,
quaresmeiras e sibipirunas. É respeitar o vento que vem de noite sussurrando o
pólen das verdades e versos antigos de Drummond e Emílio Moura. É esperar que
uma orquestra surja de repente na praça para despertar a vontade de dar as
mãos. É procurar a infância de volta na feira hippie. É encontrar a sabedoria
dos velhos pais no Mercado Central, comer as fofocas quentes com o fígado e o
jiló. É ser assombrado pela beleza da luz, como se vivêssemos dentro de uma
igreja, sob o afresco de um permanente céu azul.” Nas palavras do poeta,
cronista e jornalista Fabrício
Carpinejar, damos início ao nosso especial que comemora os 122 anos de Belo
Horizonte. Dessa vez, entretanto, viemos com uma proposta diferente e, muito
além de enaltecer e contar a história da capital, conversamos com
personalidades importantes, que nos responderam a seguinte pergunta: Por que
você ama BH?
Inês Peixoto:
Eu amo BH, cidade onde nasci e cresci, cidade grande com ares de cidade
pequena. Mesmo sendo uma capital, andando pelo centro sempre encontramos alguém
conhecido. Fica a sensação de estar em casa. O céu é bonito e olhar a Serra do
Curral lá no alto da Afonso Pena, dá a sensação exata do Belo Horizonte que ainda
nos rodeia. Queria ver a cidade buscando um progresso consciente, que
preservasse o passado e apontasse para um futuro mais humano e ecológico.
Teuda Bara:
Eu amo Belo Horizonte, porque é minha Terra, porque nasci aqui. Faço teatro
aqui, o Grupo Galpão é daqui. Eu amo as cascatas do Parque das Mangabeiras, o
Mercado Central, o Parque Municipal, a Praça do Papa que, inclusive, sou
madrinha. Eu Amo BH!
Henrique Portugal:
Belo Horizonte é a cidade dos encontros. Aqui, com o afeto típico dos mineiros,
as relações fluem e se tornam duradouras. Somos uma capital onde os valores
pessoais ainda são importantes.
Flávio Renegado:
BH é a cidade da pluralidade. É a capital que respira, ao mesmo tempo, cultura,
esporte, lazer e música. Somos uma terra de gente guerreira e que corre atrás
dos sonhos, até que eles se tornem realidade.
Flávio Venturini:
Minha relação com Belo Horizonte é de carinho, encanto, admiração e afeto. É
onde me formei enquanto pessoa, artista e músico. Penso que, nesses 122 anos,
BH irradia para o Brasil a melhor energia possível, pois nossa gente tem um
coração do tamanho universo. Sou apaixonado por Belo Horizonte.
Parque das Mangabeiras – localizado
na Serra do Curral, zona sul da cidade, foi inaugurado em 1982 e possui
2.350.000 m² de área totalmente cercada, que foi decretada local de preservação
em 1966.
Praça da Liberdade – o
complexo paisagístico e arquitetônico da Praça da Liberdade é uma síntese dos
estilos que marcam a história de Belo Horizonte, e fica na região do
Funcionários, no encontro de quatro grandes avenidas: Cristóvão Colombo;
Avenida João Pinheiro; Avenida Brasil; e Bias Fortes.
Mercado Central – anteriormente
denominado Mercado Municipal de Belo Horizonte, ele está localizado no Centro
da capital. Foi criado em 7 de setembro de 1929 pelo, então prefeito, Cristiano
Machado, e pertenceu à Prefeitura até 1964. Seu galpão ocupa um quarteirão
inteiro, sendo a entrada principal voltada para a avenida Augusto de Lima.
Parque Municipal – o
Parque Municipal Américo Renné Giannetti é o principal parque de Belo
Horizonte. Ele fica no centro da cidade, ao lado da Avenida Afonso Pena e
possui uma área de 180.000 m².
Praça do Papa – a
Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como Praça do Papa, está localizada no
bairro das Mangabeiras. Situa-se próxima à base da Serra do Curral, ao final da
Avenida Agulhas Negras e a mais de 1.100 m de altitude. Em suas imediações
estão outras atrações da cidade, como o Parque das Mangabeiras, projetado por
Burle Marx e a Rua do Amendoim, famosa pela ilusão de que objetos sobem
livremente uma ladeira.
Museu de Arte da Pampulha – o
Museu de Arte da Pampulha, antigo Cassino da Pampulha, integrante do Conjunto
Arquitetônico da Pampulha, enfoca tendências artísticas variadas em mostras,
pesquisa e conceituação. Em seu acervo, obras da arte contemporânea brasileira.
É um dos prédios construídos pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo engenheiro
Joaquim Cardoso ao redor da lagoa da Pampulha, no bairro Jardim Atlântico, a
pedido do, então prefeito, Juscelino Kubitschek, no início da década de
quarenta.
Sala Minas Gerais – inaugurada
em 2015, a Sala foi projetada e construída especialmente para servir como sede
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com 32.464m² e capacidade para 1477
espectadores, orquestra e coro, o local dispõe de recursos de acústica variável
e foi projetado pelo arquiteto José Augusto Nepomuceno.
Palácio das Artes – vinculado
à Fundação Clóvis Salgado, é o maior centro de produção, formação e difusão
cultural de Minas Gerais e um dos maiores da América Latina. Está localizado no
centro da cidade e ocupa uma área 18.000 m² dentro do Parque Municipal Américo
Renné Giannetti.
Feira Hippie – a
Feira Hippie, ou feira da Afonso Pena, é uma das maiores feiras de artesanato
da América Latina. Todo domingo, entre o nascer do sol e às duas da tarde,
centenas de barracas tomam dois quarteirões da principal avenida da cidade.
Artesanatos, objetos de decoração, artigos em couro como bolsas e sapatos,
malhas, camisetas, móveis, bordados e outros itens podem ser encontrados na
feira por preços acessíveis, bem abaixo do praticado em lojas.
Centro Cultural Banco do Brasil – BH –
localizado no prédio da antiga Secretaria de Estado de Defesa Social, o CCBB
Belo Horizonte promove atividades nas áreas de artes plásticas, artes cênicas,
música, ideias e programa educativo. O local oferece programação regular e
diversificada, com exposições temporárias; teatro com capacidade para 300
lugares; espaços para atividade audiovisual, música, dança, teatro e espaços
multiuso para debates, conferências, oficinas, palestras e atividades
interativas e educacionais; espaços de convivência, lazer e alimentação, além
de loja para comercialização de produtos culturais.
Bolão – o
Bolão de Santa Tereza, aberto desde de 1961, é um dos mais conhecidos e
tradicionais bares da cidade, por seus famosos pratos “Macarrão do
Bolão” e “Rochedão”, e por ser frequentado por artistas e intelectuais
da cidade.
Capitão Leitão – eleito uma das sete maravilhas da gastronomia portuguesa, o
tradicional Leitão assado à Bairrada, prato típico dessa região de Portugal, é
o destaque do Capitão Leitão. Localizada no bairro Santa Tereza, a casa é
dedicada exclusivamente às receitas feitas com carne suína. Com uma proposta
mais despojada e informal, o ambiente segue a linha boêmia dos arredores.
Birosca S2 – localizado
nas famosas ladeiras do Santa Tereza, o Birosca S2 é uma casa pra você chamar
de sua; com varanda pra pracinha, cozinha aberta, piano de armário e deliciosa
comida brasileira.
Casa Bonomi – fazer
cada vez mais bem feito é o que move, desde o início, a Casa Bonomi. A ideia de
abrir a padaria surgiu em 1997, durante a última turnê de Paula Bonomi como
bailarina do Grupo Corpo, em Bruxelas. Com o apoio e o incentivo de Lúcia
Campelo no desenvolvimento do conceito, e de Freusa Zechmeister na concepção do
ambiente, nasceu, no mesmo ano, uma das principais casas de pão da cidade.
Parrilla del Mercado – a
casa, que possui três ambientes, foi
inspirada no Mercado Del Puerto, de Montevidéu. Enquanto aguarda uma mesa, o
cliente pode tomar um chope no balcão e observar a grelhagem das carnes, que é
feita em fogo de lenha por churrasqueiros uruguaios. Vale a pena experimentar o
bife parrillero, contrafilé coberto com molho à base de vinho e
pimenta-do-reino e, para acompanhar, a batata assada com queijo de roquefort.