Estilista de BH vê peças da Riachuelo como reflexo de avanço do conservadorismo
Criticados por boa parte da torcida, os uniformes que vestem a delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris também não agradaram ao estilista mineiro Ronaldo Fraga. Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o belo-horizontino classificou os trajes produzidos pela Riachuelo como “horrorosos”.
Na percepção dele, a falta de apuro estético das roupas destinadas aos atletas olímpicos está relacionada ao conservadorismo que pautou o governo de Jair Bolsonaro (PL). “Será que foi o estilista da Damares que criou isso?”, provocou Ronaldo na conversa com a coluna, publicada ao fim da última quarta-feira (24). A fala referencia a senadora Damares Alves (PL), ex-ministra da Mulher e da Família.
Ainda na entrevista à coluna da Folha, o estilista resumiu as peças assinadas pela marca de fast fashion como um reflexo inevitável do avanço de pautas conservadoras na sociedade brasileira. “Por mais que tenha saído o governo anterior, a gente vê o país se tornando uma nação evangélica, cada vez mais careta, mais retrógrada nos costumes. Uma insistência e um investimento na tristeza, um tentar abafar a alegria e a libidinagem, que é a marca do brasileiro e deveria ser a marca da moda brasileira”, observou Ronaldo.