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Santuário do Caraça tem em sua história a passagem de personalidades marcantes

O colégio que funcionava no local já recebeu diversos ex-alunos renomados, como alguns presidentes da república e governadores de Minas



Créditos da imagem: Uwe Bergwitz/ shutterstock
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Redação Sou BH
11/11/20 às 00:27
Atualizado em 11/11/20 às 00:27

O Santuário do Caraça tem consigo belezas únicas, cercado por muito verde, cachoeiras e piscinas naturais para refrescar à vontade, além da típica gastronomia mineira. O complexo ainda guarda histórias marcantes desde a sua fundação, já que pelo local, que funcionava como colégio, passaram nomes importantes do país. Prova disto está nos registros localizados em sua biblioteca, que tem a marca de ex-alunos renomados.

Entre os ilustres estudantes, estão os Presidentes da República, Afonso Pena e Arthur Bernardes, e os Governadores de Minas Gerais, Antônio Augusto de Lima, Quintiliano Silva, Olegário Maciel, Melo Viana e Levindo Lopes. Mas, além destes nomes, em algum outro momento da história, outras personalidades visitaram o Santuário, como o imperador Dom Pedro I, na companhia da Imperatriz D. Amélia, e, também, Dom Pedro II, ao lado da Imperatriz, Teresa Cristina.

 

Uma viagem na história

De acordo com registros históricos, Dom Pedro II, que passou dois dias visitando o local, se encantou com o que viu em Caraça e fez questão de detalhar tudo em seu diário: “Não posso descrever tamanha beleza!... Admirei as montanhas por detrás da casa, entre as quais a chamada Carapuça... Entrei na capela cuja arquitetura agradou-me. Vi muito bem feitos capitéis... Estive na biblioteca, onde encontrei bons livros e edições antigas... Estou satisfeitíssimo com o Caraça. Só o Caraça paga toda a viagem a Minas”, descreveu. 

Com isso, ficou claro que a visita agradou o Imperador, tanto que ele ordenou que fosse encomendado da França um belíssimo vitral e o presenteou à Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, cuja construção estava terminando.

Outro momento que marcou a visita de Dom Pedro II ao Caraça foi um tombo que ele sofreu na ladeira das Sampaias, em 1881. O Imperador escorregou e caiu de costas sobre uma pedra. O local foi imortalizado com uma gravação na rocha, onde se lê a data do fato, embaixo da Coroa Real.

Para o turista sentir o clima histórico, móveis e objetos, como a cama em que os monarcas dormiram ou o penico imperial estão em exposição no museu, além de artefatos antigos datados da época da construção do Santuário.

Para quem quiser conhecer toda essa riqueza histórica, o complexo funciona todos os dias da semana, das 8h às 17h, para visitação, e 24 horas para hospedagens previamente agendadas.