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Sou BH entrevista: Heloisa Périssé

<p>Atriz volta aos palcos mineiros com a comédia "E Foram, Quase, Felizes Para Sempre"</p>



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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:11

Primeiro monólogo escrito e encenado por Heloisa Périssé, a peça "E Foram, Quase, Felizes Para Sempre" conta a história da escritora Lele Amado. Depois do sucesso no Rio de Janeiro e também em São Paulo, o espetáculo segue em cartaz e chega a Belo Horizonte, neste fim de semana, dias 17 e 18 de maio, no Sesc Palladium, (Av. Augusto de Lima, 420 - Centro).

Nascida no Rio de Janeiro, a humorista viveu a adolescência na Bahia e ganhou o Brasil com seu humor através de personagens como Tati, uma típica adolescente, conhecida pelo bordão "Fala sério!". A carreira, iniciada em 1990, conta com passagens importantes em programas como "Escolinha do Professor Raimundo", "Sai de Baixo", "Zorra Total", "Sob Nova Direção" e quadros do "Fantástico", todos eles exibidos pela Rede Globo. Além de filmes, comerciais e, claro, teatro, onde teve o prazer de comemorar mais de 10 anos do espetáculo "Cócegas", de sua própria autoria, ao lado da amiga Ingrid Guimarães.

O Sou BH conversou com Heloisa Périssé sobre a carreira e o novo espetáculo.

Com a experiência de mais de 20 anos de carreira, como você define sua profissão? Qual o peso da versão atriz e da versão escritora?
Minha profissão e minha vida se confundem. Eu, desde os três anos de idade, já dizia que ia ser atriz e me comportava como tal, então não consigo pensar em mim sendo outra coisa. Agora quanto às identidades de atriz e de escritora, o peso das duas é páreo a páreo.

Você saberia dizer a receita do sucesso, da empatia com o público?
Eu amo o meu público e tenho o maior carinho com ele. Há pessoas no meu fã clube que me acompanham há anos. Eu acredito que tudo que você espalha pelo mundo acaba voltando para você. Se você espalha carinho, recebe carinho de volta.

Os atores falam muito da importância do laboratório para a construção de seus personagens, e para você como é essa criação?
Certa vez eu vi uma reportagem de uma mulher que trabalha para a Lego criando objetos construídos com os blocos. Ela disse que tudo que vê no mundo, de repente, na mente dela se transforma em Lego. Comigo é assim também. O mundo para mim é um grande laboratório. Estou sempre observando as pessoas, suas reações, suas caretas, seus trejeitos, suas vozes, posturas, emoções, etc. É daí que surgem os meus personagens.

E o lado escritora, a inspiração vem também, em maior parte, da observação de pessoas e situações a sua volta?
As duas coisas estão muito ligadas.

Quem inspirou Lele Amado? Esse lado escritora carrega um pouco de você para a personagem?
A Leticia tem muito de mim, mas também é muito diferente de mim ao mesmo tempo. Ela é o somatório de muitas pessoas que eu conheço e de algumas que eu não conheço, mas que eu observei de longe.

Após um ano, quais as suas expectativas em relação a esta montagem, considerando o sucesso da peça "Cócegas", que comemorou mais de 10 anos em cartaz?
Cócegas era uma outra proposta. Na verdade foram 11 anos. Era uma série de quadros cômicos. Esta peça é mais intimista. Ela conta uma história que se passa na vida de muitas pessoas hoje em dia. Parodiando Carlos Drumond de Andrade, ela fala das inúmeras razões que se tem para não amar uma pessoa e que apesar disso, prevalece a única que se tem para amar. Agora se vai ficar em cartaz tanto tempo quanto Cócegas, só Deus sabe, mas eu espero que sim.

Em relação a sua presença na TV, o novo papel - as gêmeas Marali e Analu no seriado "A Segunda Dama" (Rede Globo) - traz você de volta ao humor, satirizando o mundo da fama. Conta para gente um pouquinho desta história.
É a história de duas gêmeas idênticas que se separam e constroem vidas totalmente diferentes, mas que a vida as traz de volta e elas trocam de papéis. Até aí nada demais, mas vamos deixar o público ver o que acontece porque as situações que se desenrolam a partir desta aproximação das duas são inesperadas e impressionantes. Há um pouco de tudo, drama, suspense, comédia. Acho que as pessoas vão adorar. Beijos.

Saiba mais sobre o espetáculo "E Foram, Quase, Felizes Para Sempre".