Variedades

Sou BH Talks aborda o Cinema Nacional em um bate-papo cheio de referências

Para a conversa especial, Pati Lisboa recebeu especialistas no assunto


Créditos da imagem: Café com Canela/ Reprodução

Redação Sou BH

|
01/12/20 às 18:00
compartilhe

Quem
não ama um bom filme, não é mesmo? O Cinema Nacional é riquíssimo em qualidade
e cultura, e a produção de filmes tem crescido a cada ano, alimentando ainda
mais essa indústria promissora! Os primeiros longas rodados em nosso país datam
dos anos 1896, sendo que, desde então, o segmento se tornou bastante expoente e
proporcionou aos telespectadores brasileiros uma verdadeira gama de gêneros
cinematográficos. Hoje, por exemplo, já podemos fazer uma lista enorme de
grandes títulos que foram transmitidos daqui para o mundo todo. Então, se você
é fã do Auto da Compadecida, Cidade de Deus, Central do Brasil, Bacurau, e
outros clássicos de nossa dramaturgia, o último Sou BH Talks foi especialmente
para você!

O
encontro, com apresentação de Pati Lisboa, contou com a presença de Larissa Bocchino,
atriz de teatro e cinema; Guilherme Fiuza Zenha, produtor audiovisual, diretor
e produtor executivo; e Pedro Vaz Perez, jornalista e professor nos cursos de
Cinema e Audiovisual, Jornalismo e Publicidade e Propaganda, na PUC Minas.

No
início da conversa, os convidados refletiram e debateram sobre os efeitos da
pandemia no setor cinematográfico nacional. Larissa Bocchino pontua que, mesmo
em cenários típicos, o audiovisual brasileiro encontra bastante dificuldade em suas
produções, e o isolamento social só foi um complicador dessas questões.
Guilherme Fiuza Zenha cita o sucateamento do segmento cinematográfico, e frisa
que a pandemia congelou todas as produções que estavam em andamento, enfraquecendo
o setor. Já Pedro Vaz Perez concorda com a colocação dos colegas sobre as consequências
da pandemia no ramo, e afirma que o “cinema nacional sempre foi resistência”.

 

Um Cinema de resistência

Como
em uma verdadeira aula de história, Guilherme conta como os períodos anteriores
ao Cinema Novo influenciaram as produções que hoje conhecemos. “Acho que o
período mais profícuo que a gente tem é o ciclo da Atlântida com as Chanchadas.
Eu costumo brincar que o brasileiro gosta de ir ao cinema para cantar e rir,
pois se o filme contém música e comédia, certamente ele será um sucesso por
aqui. E a Atlântida fazia muito isso, e ainda trabalhava com produtos
nacionais. O que ela fazia era trazer os hinos do rádio para a tela, e isso influenciou
até mesmo a televisão”, conta o diretor.

Dando
continuidade, Larissa destaca as diferenças entre o recebimento do cinema
nacional e do hollywoodiano por parte dos espectadores. “O Brasil foi um país
colonizado por muito tempo por Portugal, isso é um fato, e isso também reflete
em todas as nossas construções enquanto nação, principalmente no que tange à
cultura. E aí o Nelson Rodrigues, um importante dramaturgo brasileiro, fala
sobre o ‘complexo do vira-lata’, que traduz a insistência do brasileiro em se
inferiorizar e menosprezar as nossas produções. Por isso, assistir obras
nacionais é uma forma de resistência e também de descolonização”, reflete a
atriz.

Para
finalizar, Pedro debate sobre o período da Retomada do Cinema, que se iniciou
nos anos 90. “Se eu fosse definir o cinema brasileiro nessas últimas décadas,
eu falaria em multiplicidade. Multiplicidade de temas, multiplicidade de
estilos e multiplicidade de produção. Isso tudo ao mesmo tempo em que ocorre um
período de maturidade e crescimento econômico no país, o que propicia um
aumento de investimento na produção cultural. Por isso, hoje temos grandes
produções, com resultados primorosos”, diz o professor.

Ainda
no bate-papo, vários outros assuntos foram destacados, como a importância dos
médias e curtas metragens, a influência do Cinema Novo, além de um panorama de
várias épocas e momentos do audiovisual brasileiro. Para saber como foi o
encontro completo, assista ao vídeo!

Sou BH Talks

Desenvolvido para gerar conteúdo de qualidade, a Claro apresenta o Sou BH Talks, uma opção leve e inteligente para que o público interaja e se informe. Temas diversos são abordados: desde empreendedorismo a cinema, além de pocket shows com artistas importantes do cenário nacional e local. Após o grande sucesso das primeiras temporadas, a equipe do Sou BH repete o formato do projeto, no mês de agosto, com mais assuntos e lives inteligentes no mundo virtual. Siga as redes sociais do portal e fique por dentro de toda a programação.