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Sou BH Talks falou sobre mulheres de negócios e os desafios em nossa sociedade

Pat Lisboa recebeu Cris Carneiro, Betania Chebly, Renata Carvalho e Rafaela Kayser Nejm para um bate-papo sobre vida e carreira


Créditos da imagem: Sfio Cracho/shutterstock

Redação

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22/09/20 às 20:00
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Quais são os desafios
de ser mulher, mãe e empresária em nossa sociedade? Quando pensamos nesse
assunto, logo nos vem à cabeça um monte de tarefas. Quanto ao filho, por
exemplo, é preciso educar, alimentar, conversar, brincar e ensinar, ou seja,
uma agenda bastante cheia. Agora, adicione todos esses afazeres às
responsabilidades de ser uma empreendedora, como a administração do negócio, a
gestão dos funcionários e o acompanhamento das demandas dos clientes. Sem falar
nas atividades pessoais e na rotina de autocuidados.

Para debater esse
tema, Pat Lisboa recebeu no Sou BH Talks Cris Carneiro, jornalista e digital
influencer; Betania Chebly, empresária e personal branding; Renata
Carvalho, empresária, empreendedora e CEO da She’s the Boss; e Rafaela Kayser
Nejm, sócia empresária do Grupo Super Nosso.

Abrindo o bate-papo,
Cris Carneiro falou sobre as desigualdades entre mulheres e homens, não apenas
no mundo dos negócios, mas em diversas áreas da vida, e como isso afeta as
mulheres. “Eu acho que o que mais incomoda hoje é a pressão que existe sobre a
mulher. Se eu for falar sobre o mercado de trabalho, os salários das mulheres
geralmente estão aquém do salário dos homens. E as cobranças são muito maiores.
Infelizmente hoje a gente tem uma jornada tripla de trabalho das mulheres, e é
uma realidade que não é dos homens. Então junta-se a cobrança da sociedade, das
empresas sobre os papeis da mulher, junta-se isso a um salário menor, a
cobrança em ser excelente como mães (as que são mães), excelente como
profissional, as cobranças estéticas que a sociedade impõe, então eu acho que a
mulher sai com uma grande desvantagem perante aos homens. O que se espera da mulher
é muito mais do que se espera dos homens, elas têm que provar muito mais, enquanto
o homem tem que ser bom, a mulher tem que ser muito boa”.

Perguntada sobre como
administrar todas as funções com êxito, desde ser mãe a administrar carreira e
vida pessoal, Betânia Chebly tem uma dica de ouro! “Eu acho que tudo depende da
maneira que você vê, e eu sempre foco no positivo. Eu faço isso como meu mantra
de vida. Então eu consigo fazer as coisas focando sempre na parte boa. A hora
que eu vou ensinar um exercício para minha filha de 4 anos, eu dedico meu tempo
totalmente a ela, eu acho que isso também é uma coisa legal. Eu fiz uma vez um
curso de gestão do tempo e eu aplico isso demais. Eu divido meu tempo e tudo
que eu faço, eu faço até o final. A vida são ciclos, e a gente tem que entender
isso. Eu acho que isso é um grande entendimento que a mulher tem que ter
também. E a gente tem que viver tudo com muito amor. Foca no positivo, o que é
que tem de bom? ”, diz.

Para Renata Carvalho,
o fato de ser mulher no mundo tecnológico, majoritariamente masculino, a tornou
uma líder mais pragmática. “Eu fundei a minha empresa de tecnologia em 98, e na
faculdade os meninos tinham medo de mim, por que eu já tinha agencia, eu já trabalhava
e ganhava dinheiro empreendendo em tecnologia. Mas muitas vezes eu comecei a
analisar minha carreira e olhar para trás, e perceber que eu tive que ser uma líder
muito autoritária, por que eu tinha que impor os meus desejos, planejamentos e processos
para minha equipe masculina, mesmo sendo líder da empresa, mesmo sendo a dona
do negócio. Mas eu percebi isso muito tempo depois, e me tornei uma líder muito
pragmática”, conta.

Já Rafaela Kayser,
acredita que mesmo sendo mulher e enfrentando dificuldades, quem tem o desejo
de estar num espaço de gestão, ou qualquer outro que sonhe, não deve desistir e
precisa se capacitar para se impor diante das desigualdades. “Eu começava a dar
meus pitacos dentro da empresa, gerida pelo meu pai e meu irmão, a irmã mais
nova, a filha mulher, mas no fundo eles viam que tinha alguma coisa ali e me
desafiaram a assumir. Foi um desafio, mas em momento nenhum eu me senti
incapaz. Talvez eu não tivesse o preparo necessário, aí eu busquei me preparar,
fui autodidata, me esforcei dentro disso com o maior gosto e busquei estrutura.
Acho que é muito importante, se você se sente capaz e quer muito uma coisa,
acho que é importante você buscar estrutura para fazer. Preciso me esforçar para
conseguir aumentar a visão diferente da mulher. Tudo exige um esforço de buscar
argumentos e capacitação para que essa diferença possa somar e não ficar em
confronto”, afirma.

Confira esse bate-papo incrível e completo abaixo!