Outubro
Rosa é uma campanha anual, realizada mundialmente em outubro, com o objetivo de
alertar a mulher e a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. A
mobilização visa também a divulgação de dados preventivos e ressalta a
importância do cuidado constante com a saúde, além de lutar por direitos como o
atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento oncológico
de qualidade. Para elucidar, ainda mais, uma iniciativa tão importante quanto
essa, o Sou BH Talks abordou o projeto e todas as suas abrangências, em uma
conversa bastante especial.

Para
esse bate-papo, a apresentadora Pati Lisboa contou com a presença de Bebel
Soares, escritora e fundadora da rede materna Padecendo no Paraíso; Mônica
Bessa, presidente da ASPRECAM; e Tereza Paes, psicóloga e diretora-presidente
do Hospital da Baleia.

Para
começar, as convidadas foram questionadas acerca de suas visões sobre a
evolução do Outubro Rosa, iniciado em 2002. Mônica Bessa diz que o projeto foi
essencial para a divulgação de informações e diminuição dos casos. Bebel Soares
frisa a importância de a iniciativa também dar mais atenção à disseminação de
dados preventivos sobre o câncer de colo do útero, como, por exemplo, a vacina
para adolescentes. Já Tereza Paes traz uma visão histórica, e lança ao Outubro
Rosa uma ótica acolhedora e mais humana.

Uma campanha transformadora

Bebel
continua o papo falando sobre a sua experiência e em como venceu o câncer de
mama. “Eu fui diagnosticada com um carcinoma invasivo. Eu já sabia que era,
quando fiz os exames rastreadores, porque a gente tem esse sexto sentido. No
dia anterior ao resultado do exame, eu me sentei no meu sofá e chorei muito.
Fiquei bastante assustada. E eu tinha uma amiga que tinha passado pelo mesmo
processo que eu, então ela foi a minha referência. É bom termos como referência
casos assim de sucesso. Os médicos já me diziam que eu ficaria curada. […]
Sempre tive muito medo, mas continuei o tratamento. E agora estou viva”, conta
a escritora.

Dando
continuidade, Mônica explica um pouco sobre a importância de um diagnóstico
precoce e preciso. “De início, já gostaria de salientar que o diagnóstico
precoce é fundamental. Por isso, o nosso trabalho na ASPRECAM é ajudar essas
mulheres a identificar um possível câncer em sua fase inicial, para aumentar a
estimativa de cura. Não adianta focar só no tratamento, precisamos cuidar da ‘ponta’,
do início. […] Existe vida após o câncer. Então, por isso, buscamos ter
criatividade para passar informações de maneira leve, e combatendo o medo,
porque o medo é um verdadeiro inimigo”, comenta.

Tereza,
em sua vez, comenta sobre a importância do SUS no tratamento da doença. “O SUS
traz inúmeros benefícios para milhões de brasileiros. Por exemplo, o programa
de vacinação aqui no Brasil é modelo para o mundo inteiro. O tratamento e
controle de HIV e Aids é exemplar. Mas ainda assim percebemos algumas
dificuldades, como o acesso das pessoas a esses tratamentos, por exemplo.
Principalmente em uma doença como o câncer, como já disseram, o tratamento
precisa ser precoce, por isso esse acesso precisa também ser acessível”,
finaliza a psicóloga.

A
conversa continuou com bastante informações interessantes sobre a campanha do
Outubro Rosa, além de elucidar muitas outras questões sobre os cânceres de mama
e de colo de útero e suas implicações, levando sempre em consideração dados
sociais e políticos.

Se
quiser saber como foi o bate-papo completo, assista ao vídeo!

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