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Filme Quem Quer Ser Um Milionário? foi tema de debate do Sou BH Talks

Pati Lisboa recebeu Raiana Viana, Erika Savernini e Filippe Chaves para o bate-papo


Créditos da imagem: Reprodução/Quem Quer Ser um Milionário

Redação Sou BH

|
22/10/20 às 20:00
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O
Sou BH Talks do último domingo, dia 18, discutiu sobre o filme “Quem Quer Ser
Um Milionário?”. No longa, Jamal Malik é um rapaz de 18 anos que teve uma
infância muito difícil, lidando com a violência e a miséria na Índia. Ele é
chamado para participar da versão indiana do famoso programa de TV “Quem
quer ser um milionário?” e sua experiência de vida o ajuda a responder as
perguntas do show. Porém, a polícia desconfia da honestidade de Jamal, que deve
provar sua inocência.

Para
o bate-papo, Pati Lisboa recebeu Raiana Viana, Analista Internacional, estudante
de Cinema e Audiovisual e membro-fundadora da página Lacrymosa; Erika
Savernini, Doutora em cinema, professora adjunto IV da UFJF e coordenadora do
curso de Rádio, TV e Internet e do projeto de extensão Cineclube Lumière e cia;
e Filippe Chaves, Supervisor de Diagnósticos e Experiência do cliente e
Criador da página Contraotédio.

O começo do talks foi marcado por discussões sobre luta de
classes e de política, retratadas no filme, além de debates a respeito da
forma, roteiro, questões estéticas e percepções sobre o cinema antigamente e o
cinema de hoje.

Pobreza, problemas sociais e estética
narrativa

Continuando o bate-papo, Raiana Viana analisa a forma como a vitória
de Jamal é questionada no longa. “O filme logo no começo já te joga a pergunta:
como ele conseguiu acertar tudo? Ali já tem um ponto de reflexão, por que o
roteiro já apresenta ao expectador esse ponto que é: há uma questão social, política,
econômica, que traz um realismo para essa pergunta. Como que um favelado
consegue responder isso. O filme ele tem esse fundo, que é a questão da miséria,
que vem de uma situação já de um sistema falho que a gente conhece, por isso
tem esse realismo nessa pergunta”, comenta.

Para Erika Savernini, o
grande destaque do filme, que prende o espectador, é a forma como a narrativa é
construída. “Eu acho que a forma fílmica acaba sendo o grande destaque do
filme. E quando a gente fala de forma, a narrativa é a forma da história. A
forma como essa história é contada, em termos de estrutura narrativa, como vai
sendo estruturado, já trabalha com um dinamismo de uma forma mais palatável para
o grande público, de uma narrativa um pouco mais complexa. A estética dele, que
é fantástica, torna palatável um problema indigesto”, afirma.

Falando ainda da
estética do filme, Filippe Chaves também diz acreditar que a estética do filme
o torna mais fácil de digerir, por tratar um tema tão complexo. “Eu considero
que esse equilíbrio que eles fazem é um dos principais trunfos do filme. Querendo
ou não é o que possibilitou uma recepção muito positiva por grande parte do público.
Se a gente olhar bem, é muito pesado. O filme tem morte, tem a miséria, só que
o jeito que a narrativa é construída, junto com a trilha, todas as cores e tudo
mais, é até mesmo com esse objetivo, de ficar um pouco mais fácil de digerir”.

Drama e humor,
mitos heroicos e amorosos, problemas sociais retratados no longa e vários
pontos importantes ainda fizeram parte da conversa.

Assista ao programa completo!

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