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Filme Quem Quer Ser Um Milionário? foi tema de debate do Sou BH Talks

Pati Lisboa recebeu Raiana Viana, Erika Savernini e Filippe Chaves para o bate-papo



Créditos da imagem: Reprodução/Quem Quer Ser um Milionário
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Redação Sou BH
18/10/20 às 17:41
Atualizado em 21/10/20 às 22:06

O Sou BH Talks do último domingo, dia 18, discutiu sobre o filme “Quem Quer Ser Um Milionário?”. No longa, Jamal Malik é um rapaz de 18 anos que teve uma infância muito difícil, lidando com a violência e a miséria na Índia. Ele é chamado para participar da versão indiana do famoso programa de TV "Quem quer ser um milionário?" e sua experiência de vida o ajuda a responder as perguntas do show. Porém, a polícia desconfia da honestidade de Jamal, que deve provar sua inocência.

Para o bate-papo, Pati Lisboa recebeu Raiana Viana, Analista Internacional, estudante de Cinema e Audiovisual e membro-fundadora da página Lacrymosa; Erika Savernini, Doutora em cinema, professora adjunto IV da UFJF e coordenadora do curso de Rádio, TV e Internet e do projeto de extensão Cineclube Lumière e cia; e Filippe Chaves, Supervisor de Diagnósticos e Experiência do cliente e Criador da página Contraotédio.

O começo do talks foi marcado por discussões sobre luta de classes e de política, retratadas no filme, além de debates a respeito da forma, roteiro, questões estéticas e percepções sobre o cinema antigamente e o cinema de hoje.

Pobreza, problemas sociais e estética narrativa

Continuando o bate-papo, Raiana Viana analisa a forma como a vitória de Jamal é questionada no longa. “O filme logo no começo já te joga a pergunta: como ele conseguiu acertar tudo? Ali já tem um ponto de reflexão, por que o roteiro já apresenta ao expectador esse ponto que é: há uma questão social, política, econômica, que traz um realismo para essa pergunta. Como que um favelado consegue responder isso. O filme ele tem esse fundo, que é a questão da miséria, que vem de uma situação já de um sistema falho que a gente conhece, por isso tem esse realismo nessa pergunta”, comenta.

Para Erika Savernini, o grande destaque do filme, que prende o espectador, é a forma como a narrativa é construída. “Eu acho que a forma fílmica acaba sendo o grande destaque do filme. E quando a gente fala de forma, a narrativa é a forma da história. A forma como essa história é contada, em termos de estrutura narrativa, como vai sendo estruturado, já trabalha com um dinamismo de uma forma mais palatável para o grande público, de uma narrativa um pouco mais complexa. A estética dele, que é fantástica, torna palatável um problema indigesto”, afirma.

Falando ainda da estética do filme, Filippe Chaves também diz acreditar que a estética do filme o torna mais fácil de digerir, por tratar um tema tão complexo. “Eu considero que esse equilíbrio que eles fazem é um dos principais trunfos do filme. Querendo ou não é o que possibilitou uma recepção muito positiva por grande parte do público. Se a gente olhar bem, é muito pesado. O filme tem morte, tem a miséria, só que o jeito que a narrativa é construída, junto com a trilha, todas as cores e tudo mais, é até mesmo com esse objetivo, de ficar um pouco mais fácil de digerir”.

Drama e humor, mitos heroicos e amorosos, problemas sociais retratados no longa e vários pontos importantes ainda fizeram parte da conversa.

Assista ao programa completo!


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