Pati Lisboa recebeu convidados especiais que falaram sobre a influência do longa na sociedade
O
filme da Marvel, Pantera Negra, lançado em 2018, é um verdadeiro espetáculo de narrativas
potentes e representativas. Na história, o herói, T’Challa, rei da cidade
fictícia de Wakanda, mostra toda uma potência ao exibir as belezas e a
diversidade de povos negros. Dessa forma, com um enredo tão poderoso, o longa
garante várias interpretações e debates ao abordar assuntos tão promissores, e,
por isso, o Sou BH Talks, em uma conversa emocionante, falou sobre todas as peculiaridades
e representações que Pantera Negra repercute.
Para
o bate-papo, a mediadora Pati Lisboa recebeu SJota, professor de filosofia, rapper e criador do perfil Afrofilmes;
Rangel Sales, professor universitário da área de design
gráfico e produção editorial; e Vitor Bedeti, cineasta, artista
visual e professor universitário.
De início, os convidados refletiram e lamentaram a morte
precoce do protagonista do filme, Chadwick Boseman. Para os participantes, em
uma ideia geral, Chadwick foi um verdadeiro herói por, mesmo doente, comprometer-se com a agenda e as gravações do longa, sem que ao menos os telespectadores
soubessem de sua doença
Protagonismo negro
Pati
Lisboa, juntamente com os convidados, refletiram sobre a importância de um
protagonismo verdadeiramente de cor, com referências históricas, sociais e
políticas que representam todo um povo. “O filme foge dessa linha de uma
narrativa histórica, das questões coloniais que colocam as pessoas negras e o
continente africano em um local de inferioridade. Pantera Negra, ao contrário
dessa visão, traz um herói preto, um homem negro com cultura, com uma formação
tradicional, uma imponência, sem estereótipos […]”, destaca SJota.
Rangel
continua a discussão com maestria e fala do longa como um entretenimento e do
seu papel representativo. “Não podemos deixar de discutir em momento nenhum.
Mesmo em conteúdos totalmente voltados para o entretenimento existe ali um
conteúdo sendo discutido. Precisamos ter uma sensibilidade ao olhar, e entender
que aquela discussão é necessária. As questões sociais e raciais sempre foram
pauta no cinema […] então por isso o roteiro de Pantera Negra é importante,
pois nos coloca em discussão o tempo inteiro, sem perder a essência de um filme
de herói”, conta Sales.
Já
Vitor dialoga sobre a forma racial e tecnológica levantada na construção do
roteiro. “O sucesso do filme vem por inúmeros fatores, mas eu realmente
acredito que o roteiro tenha grande função determinante para esse sucesso, pois
ele retoma muito essa dualidade africana, que é comum no cinema de vários
países do continente. Eu poderia quase afirmar que houve uma pesquisa sobre
essa gênese para a escrita técnica do roteiro”, finaliza o cineasta.
A conversa continuou de
forma fluida, aprofundando o tema racial e social, levando em conta questões
históricas, cinematográficas e experiências pessoais dos convidados.
Confira ao vídeo completo!
Sou BH Talks
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