Medida gera debate sobre impactos ambientais e compensações na Pampulha
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente destacou que a supressão arbórea causa impactos como a diminuição da permeabilidade do solo, conforto térmico e luminoso e a poluição atmosférica
O Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam) aprovou a supressão de 63 árvores no entorno do Mineirão, na Pampulha, para a realização de uma etapa da Stock Car em Belo Horizonte. A medida, que visa receber a competição anualmente por cinco anos consecutivos, gerou debate sobre os impactos ambientais e as compensações necessárias na área.
O projeto, que prevê a realização da corrida entre os dias 15 e 18 de agosto de 2024, enfrentou críticas devido à necessidade de remover árvores, incluindo seis ipês-amarelos, protegidos pela legislação estadual. A prefeitura destacou que buscará o transplantio de quatro dessas árvores, enquanto outras medidas compensatórias estão sendo planejadas.
Como parte das medidas compensatórias, está previsto o plantio de 688 novas árvores, com grande parte delas destinadas à Região da Pampulha. A empresa responsável pela competição se comprometeu a realizar a manutenção dessas mudas por cinco anos.
Em análise realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foi destacado o impacto ambiental negativo da supressão arbórea, ressaltando os benefícios das árvores na melhoria da permeabilidade do solo e na redução da poluição atmosférica. Além disso, os impactos sonoros da corrida, especialmente para o Hospital Veterinário da UFMG, foram mencionados como preocupação, devido à sensibilidade auditiva dos animais em tratamento.
A organização da Stock Car enfatizou seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico e social da cidade. Segundo eles, para compensar as remoções, serão transplantadas metade das árvores movimentadas e plantadas quase 500 novas unidades em Belo Horizonte.
