Fabrício Luiz transformou prédios históricos da Praça da Liberdade em letras tipográficas e conquistou o iF Design Award com seu projeto de conclusão de curso
Projeto inspirado em Circuito da Liberdade vence Oscar do design
Transformar a arquitetura de Belo Horizonte em letras foi a ideia que levou o designer gráfico Fabrício Luiz, de Minas Gerais, a conquistar um dos maiores prêmios de design do mundo. Com o projeto “Alfabeto Libergráfico”, criado como trabalho de conclusão de curso na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Fabrício venceu a categoria de estudantes do iF Design Award, considerado o “Oscar do design”.
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Cada letra do alfabeto foi construída com base em elementos arquitetônicos dos prédios da Praça da Liberdade. O “A” remete à grade do Memorial da Vale, o “B” a uma pintura do Museu de Minas e Metal, o “C” ao vitral do CCBB, e assim por diante, até completar as 26 letras.
O projeto se concentrou em oito edifícios históricos do Circuito Liberdade, todos localizados na região central de BH. Ele selecionou os que estavam próximos o suficiente para formar um trajeto a pé e que tivessem uma diversidade arquitetônica rica. As referências vieram do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Palácio da Liberdade, Museu de Minas e Metal, Memorial da Vale, Academia Mineira de Letras, Arquivo Público Mineiro, Museu Mineiro e Centro de Arte Popular.
Com o projeto finalizado, Fabrício tentou emplacá-lo em prêmios nacionais, sem sucesso inicial. A primeira conquista veio em novembro de 2024, no Prêmio Bornancini de Design, no Rio Grande do Sul. Empolgado, ele decidiu arriscar em premiações internacionais e foi selecionado entre 10 mil inscrições para o iF Student Design Award, que escolheu 100 vencedores.
Além de Fabrício, outras duas brasileiras também foram premiadas: Nayany Bastos, de São Gonçalo (RJ), e Jésia Vunschel Gualter, de São Lourenço do Sul (RS). Os três agora tentam levantar recursos para viajar a Bilbao, na Espanha, onde acontecerá a cerimônia nos dias 19 e 20 de junho.
Para ver as letras do “Alfabeto Libergráfico” e acompanhar o projeto, Fabrício mantém perfis dedicados ao trabalho nas redes sociais. Confira: