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Última edição do Sou BH Talks desmistificou a covid-19

Quatro especialistas conversaram com Pati Lisboa e esclareceu tudo o que você precisa saber sobre o novo coronavírus


Créditos da imagem: Arquivo pessoal

Redação

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15/07/20 às 21:36
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Com um bombardeio constante de informações sobre a pandemia
do novo coronavírus, é normal que dúvidas apareçam. Com o intuito de
desmistificar o vírus que tem chamado a atenção do mundo inteiro, a última
edição do Sou BH Talks abordou essa questão. Pati Lisboa se “juntou
virtualmente” a um time de especialistas, Ângelo Pimenta, diretor clínico no
Hospital Felício Rocho; Carlos Starlin, membro do Comitê de Enfrentamento da
covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte; Guilherme Collares, médico
patologista clínico e mestre em microbiologia pela UFMG e Ludmylla Alves,
coordenadora de enfermagem da Gerência de Alta Complexidade da Santa Casa BH.

Surpreendentemente o médico Carlos Starlin explicou que o
coronavírus já é conhecido desde a década de 1960. E mais, apesar de circular no
mundo inteiro, causa apenas um resfriado banal sem nenhum agravante. “O hospedeiro
definitivo dele é o morcego, então esse vírus que coloniza animais migra para
seres humanos a partir de um hospedeiro intermediário. O coronavirus é uma
zoonose, mas em função de uma proximidade extrema entre os animais que albergam
esse vírus, ele fez uma migração transespécie e chegou aos seres humanos”,
afirma Carlos Starlin.

O especialista ainda credita “o sucesso” desse vírus ao fato
de ter uma capacidade de transmissão assintomática.

Ao ser perguntado por Pati Lisboa sobre os principais
sintomas que a população deve ter atenção, o diretor clínico do Hospital
Felício Rocho, Ângelo Pimenta listou alguns. “A maioria absoluta tem febre
acima de 37.8°C, depois vai ter tosse seca e o terceiro falta de fôlego. Essa tríade
desperta no médico a maior suspeita de que esse paciente esteja desenvolvendo
sintomas em razão do sars cov2 (novo coronavírus) . Depois dessas três vem a dor
no corpo, a perda do apetite, a perda do olfato e do paladar”, explica Pimenta.
Um outro detalhe citado por ele é que em relação ao quadro gripal habitual, quase
nunca ou poucas vezes o paciente apresenta a coriza.

Como os sintomas são típicos de várias outras doenças,
Guilherme Collares ressaltou a importância de se fazer o exame laboratorial
para o diagnótico da coivd-19. “Existem basicamente dois tipos de exames: os
exames que detectam o vírus, na verdade detecta o material genético do vírus do
RNA e tem exames que detectam a resposta a infecção. O especialista explicou
ainda que o exame mais importante para quem está assintomático é o exame que
detecta o vírus. Mas, vale ressaltar que é necessário procurar ajuda médica,
pois somente o profissional de saúde vai orientar qual exame deve fazer e interpretar
os resultados.

Cenário em Belo
Horizonte

A capital mineira está a cerca de 15 dias com o comércio não
essencial completamente fechado. Isso se deve ao aumento de casos de pessoas
contaminadas pela covid-19.

De acordo com a coordenadora de enfermagem da Gerência de
Alta Complexidade da Santa Casa BH, Ludymilla Alves, hoje o hospital está com
100% dos leitos de terapia intensiva e enfermarias. “Nas últimas semanas nos
tivemos um aumento significativo dos casos e consequentemente o aumento de internação
desses pacientes. O paciente com covid-19 é extremamente complexo, então toda a
equipe multidisciplinar que cuida desse tipo de caso passou por uma capacitação
de todos os protocolos clínicos para cuidar desse paciente”, alerta Alves.

No final da tarde do hoje (15), a PBH anunciou que vai
manter a capital fechada na próxima semana.