Uso inteligente do carro: movimente-se pela cidade de forma mais sustentável

A mobilidade urbana é um desafio para as metrópoles. Descubra como contribuir com a coletividade

Créditos da imagem: Daniel Tadevosyan/Shutterstock.com
Redação Sou BH
06/02/19 às 11:32
Atualizado em 06/02/19 às 11:32

Com uma frota superior a dois milhões de unidades, a última coisa que o trânsito de BH precisa atualmente é de mais veículos nas ruas, certo? É fato que o padrão atual de mobilidade urbana, em que predomina o transporte individual, é insustentável. Tanto em relação às questões ambientais, quanto pela eficiência desse modelo para o deslocamento da população nas grandes cidades. Uma solução possível, segundo especialistas, é implantar ações como o uso inteligente dos carros.

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O aumento da densidade demográfica e o desenvolvimento social e econômico do país têm facilitado o crescimento do número de veículos – carros, motocicletas, ônibus, caminhões etc – nas vias. Esse incremento causa, de forma diretamente proporcional, piora da qualidade do ar, aumento do aquecimento global e queda na qualidade de vida, com o estresse gerado pelos congestionamentos.

Se houvesse um uso mais racional dos veículos, a situação ficaria mais amena. Mas isso não é nada fácil. Estudioso em assuntos de trânsito, José Aparecido Ribeiro lembra que, no Brasil, seguindo um comportamento cultural norte-americano, o carro não é apenas um meio de transporte, mas também um objeto de desejo e símbolo de status. É difícil convencer uma pessoa a não usar o carro, ou utilizá-lo menos, quando representa a realização de um sonho de consumo. “Outro entrave é o sistema de transporte coletivo no país, que é falido”, completa.

Marcos de Sousa, editor do Portal Mobilize Brasil, contextualiza que o país teve uma política de transporte público que avançou bem até por volta dos anos 30 e 40, quando começaram a prevalecer os interesses da indústria automotiva, no mundo inteiro. No final do século XX, ficou bem claro que abandonar o investimento no coletivo em prol da mobilidade individual era um caminho sem saída.

E esse não é um comportamento que se muda de uma hora para a outra. “O que podemos fazer é conscientizar as pessoas para que, antes de saírem de casa com o carro, pensem se realmente dependem dele para aquele deslocamento. Se forem utilizá-lo, que seja de forma mais racional”, explica.

Entre as alternativas possíveis, estão a boa e velha caminhada, quando o percurso for mais curto e o ambiente permitir. Além do uso de aplicativos de transporte, que possibilitam, inclusive, corridas compartilhadas com mais usuários. A 99 tem esse recurso e, com o modo ‘Compartilhar’, você pode economizar até 40% no valor da corrida. A empresa brasileira de mobilidade urbana conecta mais de 300 mil motoristas a 14 milhões de passageiros em mais de mil cidades no Brasil.

Outra opção é organizar caronas com a turma ou colegas de trabalho que façam o mesmo trajeto, com rodízio entre os motoristas/carros. Assim, além da economia, os ocupantes do veículo aproveitam para colocar o papo em dia.

Uma força ao meio ambiente

Um dos estímulos ao uso sustentável dos veículos é a preservação ambiental. Todos os combustíveis lançam no ar ‘venenos’ como monóxido de carbono (CO), óxidos nitrosos (NO e NO2) e hidrocarbonetos (compostos de hidrogênio e carbono). O CO por exemplo, causa náuseas e diminui a capacidade de transporte de oxigênio no sangue. Já os hidrocarbonetos podem ser agentes cancerígenos.

Para uma pessoa de 80 a 100 quilos se deslocar de carro, ela leva consigo uma tonelada de materiais como aço, plástico e alumínio, e gera aproximadamente 10 quilos de carbono a cada 100 quilômetros rodados (considerando um carro de potência média, 1.6).

“Cada cidadão deve considerar que circular com um veículo na cidade é um privilégio, que deve ser retribuído com atenção e cuidado ao meio ambiente, pedestres, ciclistas e todos à sua volta. Precisam ser menos agressivos, e tentar compartilhar espaço no veículo com outras pessoas. Essa ação, além de saudável, melhora as relações na comunidade”, conclui Marcos de Sousa.

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