Vereador bolsonarista quer que loja de crepes La Putaria, em BH, proíba entrada de menores
O problema, na visão do parlamentar, é a loja vender crepes em formatos sexuais e não restringir a entrada de crianças e adolescentes
Um vereador de Belo Horizonte está causando polêmica ao criticar a creperia La Putaria, estabelecimento inaugurado no fim de janeiro na Savassi, região Centro-Sul da capital mineira. Para ele, o problema seria a loja vender crepes em formatos sexuais, de vagina e pênis, e não restringir a entrada de crianças e adolescentes.
Em um vídeo publicado no Instagram, Nikolas Ferreira afirma que encaminhou uma representação junto ao Ministério Público e um ofício externo à defensoria especializada em crianças para requerer uma ação imediata frente ao estabelecimento La Putaria.
“Isso fere o Estatuto da Criança e do Adolescente, que eles amam tanto dizer. E isso inclusive expões a criança a algo vexatório, que é de comer. Ali, um doce em formato de um órgão sexual masculino. E não é somente dever da família se atentar à proteção das crianças e dos adolescentes”, comenta o vereador no vídeo que já conta com 772 mil visualizações e mais de 6.500 comentários.
O Sou BH tentou contato com a La Putaria para obter um posicionamento sobre as declarações e ações do vereador, mas sem sucesso. O espaço segue aberto e a reportagem será atualizada assim que o contato for feito.
Sucesso no Velho Continente
A unidade em Belo Horizonte da La Putaria é a segunda da rede no mundo. A primeira unidade da padaria foi inaugurada há menos de um ano no Bairro Alto, em Lisboa, capital de Portugal. A pequena loja de 50 metros quadrados abre de domingo a domingo, e vende uma média de 300 crepes todos os dias. Eles são recheados e cobertos por chocolate e/ou doce de leite e os preços variam entre 4, 5 e 6,5 euros, dependendo da quantidade de recheios e coberturas.