Estima-se que existam quase 4 mil unidades da espécie espalhadas pela capital mineira
Com a chegada da primavera, um compilado de novas cores toma conta dos parques, praças e canteiros de Belo Horizonte. Se no inverno foi a vez dos ipês enfeitarem a cidade, agora é o vermelho vívido dos Flamboyants que embeleza a capital nesta estação. Nos cálculos da Prefeitura, estima-se que existam quase 4 mil unidades da espécie. Catalogados, há 2.596 exemplares.
O mês de outubro marca o início da florada da espécie, que se destaca pela amplitude da copa e altura do tronco. Originária da ilha africana de Madagascar, a primeira semente foi plantada em solo brasileiro em meados do século 19. Pela intensa coloração vermelha nas flores, o nome popular ficou conhecido como Flamboyant, de origem francesa e que significa “flamejante”. Entretanto, ainda há uma variedade nesta espécie de nome “flavida”, que possui as flores amarelas.
Na capital, elas podem ser vistas em locais como a Praça Floriano Peixoto, no Santa Efigênia, nos canteiros centrais das avenidas Olegário Maciel e Nossa Senhora do Carmo, e no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro.
De acordo com o Diretor de Gestão Ambiental da SMMA, Dany Amaral, os parques e praças são os locais ideais para os Flamboyants, devido a estrutura de suas raízes: “Essa árvore, da espécie das leguminosas, tem um sistema radicular diferenciado que chamamos de tabular. Suas raízes têm o diâmetro grande e geralmente ficam expostas, o que dificulta o plantio em alguns logradouros, porque podem quebrar o passeio ou se tornar um obstáculo para a passagem das pessoas. Para desenvolvimento pleno dessa árvore, áreas de preservação com grande espaço disponível são os locais ideais de plantio”, conta.
Facilmente adaptável a diversos tipos de solo, um Flamboyant chega a ter entre 10 e 15 metros de altura. Ela é a queridinha dos projetos paisagísticos, graças à exuberância de suas flores coloridas, muito utilizadas em projetos de ornamentação. Estas flores chegam a 7 centímetros, formando grandes cachos, e costumam cair no mês de março, quando inicia a frutificação.