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Meningite já causou 11 mortes em Minas em 2019

Até o momento, foram confirmados 101 casos no estado


Créditos da imagem: Gajus/shutterstock.com

Agência Minas

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08/04/19 às 13:48
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Onze mortes causadas por meningite foram registradas este ano pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e 101 casos da doença foram confirmados em Minas Gerais até agora. Enquanto a meningite bacteriana é mais comum no inverno, as virais têm maior incidência no verão. 

A meningite é uma inflamação nas membranas (meninges) que envolvem o cérebro e a medula espinhal, pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. No caso dos vírus, eles podem ser transmitidos pela saliva ou pelas fezes. Já as bactérias geralmente são transmitidas de pessoa para pessoa pelo contato com a saliva.

Os sintomas da doença podem aparecer de repente, e podem variar entre febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Mudanças de comportamento como confusão, sonolência e dificuldade para acordar podem também ser sintomas importantes. No caso de recém-nascidos e lactantes, os sintomas são febre, irritação, cansaço e falta de apetite.

Já o estágio mais grave da doença, conhecida como meningococcemia, pode resultar no aparecimento de manchas vermelhas ou roxas, pequenas ou grandes, na pele. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maior é a eficácia do tratamento e também as chances de cura. 

Prevenção

Os pais devem ficar atentos quanto ao calendário de vacinação. Existem vários métodos que podem imunizar a criança, são eles: a vacina BCG (MeningiteTuberculosa), que é recomendada logo no nascimento do bebê; a Tríplice Viral; a vacina Pentavalente para crianças abaixo de cinco anos de idade; a vacina Meningocócica C Conjugada, disponível para crianças menores de um ano, com reforço aos 12 meses de idade, e também para adolescentes de 11 a 14 anos, em dose única; e vacinas Pneumocócicas Conjugadas 10 Valente, oferecidas em três doses, nos primeiros dois meses, com reforço ao quarto mês, e também aos 12 meses.

É importante lembrar que até o momento não existem métodos que garantam a proteção contra todos os sorogrupos de meningite meningocócica, nem contra todas as outras centenas de espécies de micro-organismos que também podem causar meningites. “A vacina é a principal forma de prevenção e é fundamental que a população procure a unidade de saúde mais próxima para se proteger da doença”, afirma Fernanda Barbosa, referência técnica em meningites da Secretaria de Estado de Saúde.