Denúncias podem ser feitas em farmácias vinculadas à ação, através do desenho de um “X” vermelho na mão
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 2 minutos há um registro de Violência Doméstica no Brasil. Em março e abril, desde o início do isolamento social, o índice de feminicídios cresceu 22,2%. Já as chamadas para o número 180 tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço do governo federal.
Nesse contexto, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uniram forças e lançaram a campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, para que as vítimas peçam ajuda em farmácias adeptas da ação. O objetivo é incentivar denúncias de abusos por meio do desenho de um “X” vermelho na palma da mão, de modo a prezar pela discrição, sigilo e, claro, clareza na informação. Ao exibir o símbolo para o farmacêutico ou o atendente, a vítima deverá receber auxílio imediato e apoio para acionar as autoridades policiais. Após a denúncia, os funcionários das lojas deverão seguir um protocolo para comunicar o caso à delegacia e fazer o acolhimento da pessoa agredida.
A ação conta com a participação de quase 10 mil farmácias em todo o país, e é uma resposta conjunta de membros do Judiciário ao recente aumento nos registros de violência em meio à pandemia. Em Belo Horizonte, as Drogarias Raia, Pacheco, Araújo, e a Pague Menos estão entre as que fazem parte do projeto, conforme lista divulgada pela campanha.
Uma das consequências da quarentena foi expor mulheres e crianças a uma maior vulnerabilidade dentro de casa, e muitas vezes a vítima não consegue denunciar, por estar sob vigilância, na maioria dos casos, de seus próprios parceiros.
O Sou BH apoia a iniciativa e incentiva que, cada mulher sujeitada a quaisquer desrespeitos, físicos, verbais ou psicológicos, faça a denúncia e siga em busca de paz e proteção. Para saber mais sobre a campanha, acesse o site oficial e redes sociais.