Neste ano número de mortes também teve aumento no Brasil, com 62 casos no primeiro trimestre
Com apenas 11 semanas, 2019 já registrou 229.064 casos de
dengue no Brasil. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25) pelo
Ministério da Saúde e apontam para um aumento de 224% em relação ao mesmo
período do ano passado, quando foram contabilizados 62,9 mil ocorrências. Em Minas
Gerais foram 66.629 registros prováveis, que corresponde à soma dos confirmados
e suspeitos. Já na capital mineira, foram 3.971 ocorrências.
Quando analisada a incidência da dengue no país a cada 100
mil habitantes, até 16 de março, foram 109,9 casos. Em Minas foram 261,2
casos/100 mil habitantes. As mortes provocadas pela doença também tiveram um aumento
de 67%, passando de 37 para 62. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais (SES-MG) até o levantamento mais recente, divulgado na tarde de hoje,
foram confirmados seis óbitos por dengue nos municípios de Arcos, Betim,
Passos, Uberlândia e Unaí. Ao todo, são 27 óbitos em investigação no estado. A SES ainda
pontua que os óbitos em questão foram notificados ao longo de 2019 e não são,
necessariamente, óbitos recentes.
A situação preocupa
O estado viveu três grandes epidemias em 2010, 2013 e 2016.
O número de casos neste ano já ultrapassou o número de casos registrados em períodos
não epidêmicos. Por isso, até o momento, 2019 segue a tendência de anos em que
ocorreram epidemias. No entanto, com menor intensidade que as duas últimas.
Além disso, nas quatro últimas semanas epidemiológicas – de fevereiro
a março – 53 municípios estão com incidência muito alta de casos prováveis de
dengue, 40 apresentam incidência alta e 89 municípios com média incidência.
As ações de prevenção
Em relação à chikungunya, Minas registrou 869 casos
prováveis da doença. Em 2019, até o momento, não houve registro de óbitos
suspeitos da doença. Já sobre a zika, foram 262 registros prováveis.
Apesar do aumento expressivo no número de casos, a situação
ainda não é classificada pelo governo federal como epidemia. O último cenário
de epidemia identificado no país, em 2016, segundo o Ministério da Saúde,
teve 857.344 casos da doença entre janeiro e março.
“É preciso intensificar as ações de combate ao Aedes
aegypti [mosquito transmissor da doença] para que o número de casos de
dengue não continue avançando no país”, destacou o ministério.
De acordo com a SES, Minas conta com ações de controle da dengue,
zika e chikungunya permanentes. Entre as medidas então o Programa Estadual de
Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, o monitoramento dos indicadores
municipais de Monitoramento das Ações de Vigilância e a elaboração dos Planos
de Contingência Estadual e Municipais para prevenção e controle das doenças
transmitidas pelo Aedes.
“A SES-MG adquiriu insumos estratégicos para tratamentos dos
pacientes com as arboviroses para dengue, zika e chikungunya para os municípios
com casos notificados. Além disso, aquisição de equipamentos para aplicação de
inseticidas e vigilância laboratorial, conforme preconizado. Também foi
realizada capacitação de equipe de referência”, ainda pontua a secretaria.