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Como a pandemia afeta a saúde mental e de que forma amenizar os efeitos

Em momentos de estresse, ter atenção com o corpo é fundamental para manter a estabilidade emocional


Créditos da imagem: Vadim Georgiev/ Shutterstock

Déborah Rodrigues *

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04/04/20 às 20:00
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A atual crise social tem gerado incertezas e medos. Pessoas que já sofriam com transtornos de
ansiedade, e até quem nunca havia apresentado sintomas, veem intensificado o
estresse gerado pela situação delicada da pandemia do novo coronavírus. Com os níveis de tensão
mais altos, é preciso dar maior atenção aos sinais que o corpo emite, para que as
crises não evoluam para quadros mais agudos.

De acordo com a psicóloga social e psicanalista Thalita
Rodrigues, vivemos um momento de ansiedade social compartilhada. Não temos
controle sobre o mundo externo, além de sermos bombardeados diariamente com notícias e
perspectivas alarmantes do surto da Covid-19. “Essas situações estão presentes
também nos casos de ansiedade de um modo geral, dessa forma, os sintomas que
antes eram apenas individuais, acabam encontrando consonância com a
situação social”, comenta.

Entre os impactos gerados, pessoas que sofrem com transtornos
de ansiedade podem, ou não, ter o quadro da doença agravado, evoluindo para
crises de pânico, onde o medo se torna excessivo. Além dos sintomas psíquicos,
a crise de pânico gera efeitos físicos que merecem atenção, como dor e
desconforto no peito, taquicardia, falta de ar e pressão arterial mais alta. A
psicóloga explica que é preciso procurar atendimento nesses casos, já que os
sinais se confundem com uma situação de infarto, e até mesmo com o coronavírus,
quando se sente falta de ar.

Thalita afirma que é preciso cuidar da saúde mental neste
momento, e não deixar de dar continuidade, ou iniciar, um tratamento
psicológico. “Para diminuir a ansiedade e tentar tonar este momento mais leve, é
indicado filtrar as informações sobre a pandemia e não se exceder no
acompanhamento das notícias; ter momentos de
lazer, de fazer coisas que te façam bem; manter contato com pessoas queridas,
mesmo que por redes sociais ou telefone; e lembrar que estamos num momento de
ansiedade na sociedade como um todo, e que ele é temporário, vai passar”, conclui.

*sob supervisão do jornalista Júnior de Castro