Viva Bem

Criança de Nova Lima é internada com meningite; Minas tem 149 casos e 19 óbitos

Paciente está hospitalizada em BH contaminada pela doença do tipo bacteriana


Créditos da imagem: Gil Leonardi/Imprensa MG

Redação Sou BH

|
24/04/19 às 21:17
compartilhe

O dia 24 de abril é marcado pela
luta contra a meningite. Em 2019, Minas Gerais já registrou 149 casos, sendo o
mais recente notificado no início deste mês em Nova Lima, região metropolitana.
Uma criança de seis anos está hospitalizada na capital depois de ter sido diagnosticada
com a bactéria Neisseria meningitidis.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais (SES-MG)
 informou que 19 pessoas já morreram por causa da
meningite este ano. Em 2018 foram 1014 vítimas, sendo 129 fatais.  

O estado reforça a data por meio
da importância da vacinação contra a doença, que é definida pela inflamação das
membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas meninges, e pode
ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.

“As vacinas são utilizadas como
medida de controle de doenças e são consideradas uma das principais e mais
relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante
impacto obtido na redução de doenças. O indivíduo que não se vacina coloca não
só a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas
com quem tem contato, além de contribuir para o aumento da circulação de
doenças”, avalia Josianne Dias Gusmão, coordenadora estadual de imunizações da SES-MG.

Casos da doença ocorrem ao longo
de todo o ano, sendo a versão bacteriana mais comum no inverno e, a viral, no
verão. Além das vacinas contra alguns tipos de meningite, medidas preventivas,
como manter ambientes ventilados e arejados e lavar as mãos frequentemente,
ajudam a interromper a disseminação de muitos vírus e bactérias causadoras da
doença. Evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres também
é uma forma para reforçar a prevenção da meningite.

Tratamento

Devido à gravidade, os casos
suspeitos de meningite sempre são internados. Por esse motivo, ao se suspeitar
da ocorrência da doença, é fundamental a ida até à urgência e emergência mais
próxima para avaliação médica.

Para o tratamento das meningites
bacterianas são administrados antibióticos, em ambiente hospitalar; para as
meningites virais, na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos
antivirais. Em geral as pessoas são internadas e monitoradas quanto à sinais de
maior gravidade e se recuperam espontaneamente. Porém, alguns vírus, como herpes
e influenza, podem provocar meningite e neste caso é indicado o uso de
antiviral.

Nas meningites fúngicas o
tratamento em geral é mais longo e, de acordo com o fungo identificado no
organismo do paciente, altas e prolongadas dosagens de medicação são
necessárias. “Nesses casos, a resposta ao tratamento dependerá da imunidade da
pessoa. Pacientes que vivem com HIV/AIDS, diabetes, câncer e outras doenças
imunodepressoras, por exemplo, são tratados com maior rigor e cuidado pela
equipe médica”, avalia Fernanda.

Nas meningites causadas por
parasitas, tanto o medicamento contra a infecção, como as medicações para
alívio dos sintomas são administradas pela equipe médica. Nestes casos, os
sintomas como dor de cabeça e febre são bem fortes, e assim, a medicação de
alívio dos sintomas se faz tão importante quanto o tratamento em si contra o
parasita em questão.

Vacinas

O SUS oferta no Calendário Básico
de Imunização vacinas que protegem contra vários agentes causadores de
meningite. São elas: A BCG (Meningite Tuberculosa), a Tríplice Viral (Meningite
por sarampo e caxumba), a Pentavalente (meningite por Haemofilos influenzae b
em crianças abaixo de 5 anos), meningocócica C conjugada e vacinas
pneumocócicas conjugadas 10 valente (meningite pneumocócica – 10 tipos).

Sintomas

Os sintomas da meningite podem surgir de forma repentina e se caracterizam por febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Manchas avermelhadas também podem surgir nas formas mais graves da doença, além de confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar. “Em recém-nascidos e lactantes, é comum surgir irritação, cansaço e falta de apetite. É importante observar a presença de qualquer um desses sinais e caso tenha a ocorrência deles, o cidadão deve procurar imediatamente por assistência médica para iniciar o tratamento o mais rápido possível, caso necessário”, informa Fernanda Barbosa.