Verão e chuvas aumentam riscos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Infectologista da Unimed-BH explica as diferenças entre dengue, zika e chikungunya e a importância de eliminar os focos do mosquito

Créditos da imagem: Elizaveta Galitckaia/Shutterstock.com
Redação Sou BH
11/12/18 às 12:15
Atualizado em 11/02/19 às 18:19

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Com a chegada do período de calor e chuvas aumenta a preocupação com a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Nesse período, os órgãos de saúde e a população ficam em alerta sobre a intensificação das ocorrências da dengue, zika e Chikungunya. O último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES - 03/12) informa que Minas Gerais registrou 26.721 casos prováveis de dengue este ano, cerca de 11.697 mil de Chikungunya e 163 de zika vírus. Em Belo Horizonte,  de acordo com o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde (23/11), foram confirmados 391 casos de dengue, 19 de chikungunya e três de zika.

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De acordo com a SES, neste ano, foram confirmados oito óbitos por dengue no Estado, e outros 11 estão em investigação. Com a Chikungunya, houve um óbito confirmado e dois estão em investigação. Foram registrados 166 casos prováveis de zika, sendo 53 em gestantes. “Apesar da gravidade da dengue, devido ao risco da forma hemorrágica, as outras doenças podem levar a problemas crônicos severos. No caso da zika, existe a preocupação com as grávidas devido à microcefalia. E a chikungunya pode resultar em dores articulares debilitantes, que exigem cuidados multidisciplinares e podem durar meses”, explica o infectologista da Unimed-BH, Estevão Urbano Silva.

Desde o ano passado há também a circulação do vírus da febre amarela em Minas. Apesar dos casos relatados até o momento serem de febre amarela silvestre, transmitida por outro tipo de mosquito (Haemagogus ou Sabethes), o Aedes pode se tornar um transmissor da febre amarela urbana. Na última temporada de monitoramento da doença, entre 2017 e 2018, foram 527 casos confirmados no Estado, e 178 evoluíram para óbito.

A SES também divulgou um alerta para a importância da vacinação. De acordo com uma publicação do dia 19 de novembro, 1,8 milhão de pessoas ainda não se vacinaram no Estado.

Unimed-BH lança campanha de alerta

A Unimed-BH está com uma campanha alertando sobre a importância de eliminar os focos e criadouros do Aedes aegypti. Disponibilizado em formato de hotsite na página da Unimed-BH, ele traz informações sobre vacinação de febre amarela e conteúdo explicativo sobre as diferenças entre as doenças dengue, zika e chikungunya.

No caso da dengue, há febre alta acompanhada de dores de cabeça e no corpo. As pessoas com chikungunya têm dores nas articulações, porém, mais intensas e geralmente em pulsos e tornozelos. Já as pessoas infectadas pelo vírus zika têm febre baixa, dores leves nas articulações e manchas vermelhas na pele. “Não há tratamento específico para nenhuma das três enfermidades, sendo possível apenas aliviar os sintomas e monitorar possíveis complicações. Repouso e atenção à hidratação também são indicados, além de não tomar medicamentos por conta própria, como anti-inflamatórios e aspirina”, explica o infectologista da Unimed-BH.

Ações como o uso de repelentes, telas nas janelas e vacinação (febre amarela), também são recursos disponíveis. Para o médico, a mobilização para o combate ao Aedes aegypti precisa ser de todos, antes do verão. “A prevenção é a melhor forma de lidar com as doenças. Evitar o acúmulo de água e reduzir a procriação do mosquito são fundamentais”, reforça o infectologista.

E o especialista alerta: “sempre existe o risco de epidemia, principalmente quando não se elimina os criadouros do mosquito. Se o Aedes aegypti não estiver sob controle, há possibilidade de grande transmissão viral.”

O hotsite da campanha tem também uma lista de repelentes e inseticidas registados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acesse neste link.

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