Das 17 capitais pesquisadas, 10 registraram aumento; na capital, custo médio da cesta básica em junho foi de R$ 701,55
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta sexta-feira (5 de julho) registrou que, das 17 capitais pesquisadas, 10 apresentaram aumento no custo médio da cesta básica. Belo Horizonte, com alta de 1,18% em junho, aparece em quarto lugar na lista das cidades em que o custo da cesta mais cresceu, atrás do Rio de Janeiro (2,22%), Florianópolis (1,88%) e Curitiba (1,81%).
Nas outras sete capitais analisadas, houve queda no custo da cesta, sendo que as maiores baixas foram observadas em Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%). Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre os itens que mais contribuíram para o aumento do custo da cesta estão leite integral, que ficou mais caro em 16 das 17 cidades pesquisadas, a batata e o pó de café. Ainda conforme o levantamento do Dieese, a cesta mais cara do país continua sendo em São Paulo (R$ 832,69), seguido por Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). Em Belo Horizonte, o custo médio da cesta foi de R$ 701,55, em junho.
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
Com base na cesta de maior custo que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário-mínimo, em maio, deveria ser de R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo atual de R$ 1.412,00.