Cultura

Mostra ‘Telegarrafas’ conecta crianças em ações sobre preservação das águas

Exposição acontece no Palácio das Artes e no Palácio da Liberdade durante o mês de Outubro


Créditos da imagem: Breno Conde
Meryê, da etnia indígena Guarani Mbya, é uma das crianças participantes do projeto 'Telegarrafas'

Pedro Grossi

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30/09/24 às 11:13
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Crianças do Vale do Jequitinhonha, da Serra do Mar, de Moçambique e Portugal são protagonistas da Mostra ‘Telegarrafas’, que traz quatro instalações para a Galeria Mari’Stella Tristão e Palácio das Artes. A ideia do projeto é conectar crianças de diferentes partes do mundo em trocas de mensagens sobre a luta pela preservação das águas. A abertura do projeto, no dia 01 de outubro (terça-feira), às 17h, com uma apresentação de música e dança de indígenas da etnia Guarani Mbya, além da presença de ribeirinhos do Médio Jequitinhonha e quilombolas. A mostra fica em cartaz no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537 – Centro), de 2 a 20 de outubro; e no Palácio da Liberdade (Praça da Liberdade, s/n – Funcionários) de 23 a 31 de outubro. A programação é toda gratuita. 

Projeto ‘Telegarrafas’

Na mostra, a 1ª sala montada na Galeria Mari’Stella Tristão terá 100 garrafas de barro criadas pela família da bonequeira Dona Izabel, falecida em 2014, mas que estaria completando justamente 100 anos em 2024. Nela, os visitantes vão encontrar uma projeção com depoimento de pessoas dessas comunidades das águas, famílias das crianças protagonistas. 

Já no 2º espaço estarão 6 coletoras feitas de madeira e plástico reciclável, com suporte para tablets exibindo imagens das crianças em brincadeiras do dia a dia. Ao lado das coletoras, diversas garrafas, blocos de papel e canetas para que os espectadores deixem mensagens poéticas – em textos, desenhos ou pinturas – sobre o quão importante é a garantia do direito das crianças e das águas coexistirem em harmonia. 

Na 3ª sala, impressões em cianotipia das seis crianças, além de uma projeção no centro do local mostrando os artistas e seus modos de vida e de barcos de brinquedo aludindo à infância e à relação com as águas. 

Por fim, no 4º e último espaço, uma embarcação em tamanho real (com cerca de 5,5 metros), feita com madeira e garrafa, convida o público a se sentar e navegar junto às crianças protagonistas, de forma interativa e criativa. Esta parte da galeria terá ainda uma projeção mapeada com imagens dos ambientes, além de redes nas paredes com mensagens que serão coletadas do público e, também, peneiras e varais de bambus que remetem aos territórios originários dos envolvidos.

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