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Belo Horizonte é a capital que mais ‘esquentou’ no Brasil em ano de recorde mundial

Levantamento inédito revela dados alarmantes sobre o aumento de temperatura no país


Créditos da imagem: @lucasbahia13
Durante o mês de novembro de 2023, Belo Horizonte registrou uma anomalia de temperatura de 4,23 ºC, liderando o ranking das capitais brasileiras mais afetadas pelo aumento de temperatura

Redação Sou BH

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27/02/24 às 07:22
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O Brasil está enfrentando um aumento significativo na temperatura, e Minas Gerais se destaca como o estado mais afetado durante o ano de 2023, que foi considerado o mais quente já registrado no planeta. De acordo com um levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Vale do Jequitinhonha, em particular, foi a região do país mais impactada pelo aumento de temperatura, confirmando uma tendência observada nas últimas seis décadas.

Principais resultados:

Belo Horizonte, a capital mais quente:

Durante o mês de novembro de 2023, Belo Horizonte registrou uma anomalia de temperatura de 4,23 ºC, liderando o ranking das capitais brasileiras mais afetadas pelo aumento de temperatura.

Municípios do Vale do Jequitinhonha:

Turmalina se destacou como o município com a maior elevação de temperatura, atingindo até 5,52 graus Celsius acima da média das máximas diárias. Além disso, 18 dos 20 primeiros lugares no ranking do calor foram ocupados por cidades do Vale do Jequitinhonha, com exceção de Urandi, na Bahia, e Confins, também em Minas Gerais.

Metodologia da Análise:

    • Os cientistas do Cemaden utilizaram dados de estações meteorológicas oficiais e de satélite de todos os 5.570 municípios brasileiros ao longo dos 12 meses de 2023.
    • Cada mês foi comparado com a climatologia para o respectivo período, e os municípios foram ranqueados com base nas maiores anomalias de temperatura positiva.
    • A análise combinada foi realizada devido à falta de estações meteorológicas em mais da metade dos municípios brasileiros. Os dados de satélite indicaram que o aquecimento foi ainda mais pronunciado do que o registrado na superfície.

Os dados foram publicados originalmente em O Globo.