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E o Galo? O Galo ganhou, é campeão e festejou muito pelas ruas de Belo Horizonte

Maior parte da torcida ignorou o uso de máscaras e a recomendação de não aglomerar, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus


Créditos da imagem: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
A Praça Sete, no Centro, e a sede de Lourdes foram tomadas por um mar de torcedores. Nem o Piruito da Praça Sete, que estava coberto por uma camisinha gigante - em uma ação de conscientização sobre o Dia Mundial contra a Aids - escapou das comemorações. Ele foi "vestido" com as cores alvinegras

Thiago Alves

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03/12/21 às 07:28
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A longa espera acabou. Após uma virada emocionante sobre o Bahia por 3 a 2 na noite desta quinta-feira (2), o Atlético é o novo campeão brasileiro. Depois de vencer o campeonato de 1971, há 50 anos, o Galo volta a ocupar o topo do futebol nacional. O grito de “campeão” foi entoado pelos torcedores alvinegros em todos os cantos de Belo Horizonte da noite de ontem até a manhã desta sexta-feira (3).

A Praça Sete, no Centro, e a sede de Lourdes foram tomadas por um mar de torcedores. Nem o Pirulito da Praça Sete, que estava coberto por uma camisinha gigante – em uma ação de conscientização sobre o Dia Mundial contra a Aids – escapou das comemorações. Ele foi “vestido” com as cores alvinegras.

No Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, os jogadores foram recebidos com festa pelos torcedores. O atacante Hulk, artilheiro do time no Campeonato Brasileiro, com 18 gols, foi o mais ovacionado. De lá, a delegação atleticana seguiu de ônibus até o Batalhão do Corpo de Bombeiros da Pampulha, onde saiu em um carro aberto da corporação rumo ao Centro de BH.


Na Praça Sete, o cantor Bell Marques, ex-integrante do grupo Chiclete com Banana, embalou os atleticanos com hits, como “100% você”. O show, que aconteceu durante a madrugada, não tinha autorização da Polícia Militar e foi encerrado por volta das 5h, quando os torcedores começaram a se dispersar.


Mesmo com a Prefeitura de Belo Horizonte tendo proibido a celebração do Carnaval na capital mineira em 2022, o clima que tomou o hipercentro da cidade remetia a maior folia brasileira. Milhares de torcedores, sendo a maioria deles sem máscaras e em desrespeito as normas sanitárias em meio à pandemia, cantarolavam o hino do clube e a emblemática canção “Vou Festejar”,  eternizada pela voz de Beth Carvalho.

Nem tudo foi festa

Além da aglomeração em meio à pandemia do novo coronavírus, alguns torcedores tiveram ferimentos superficiais por causa de bombas e foguetes lançados durante as comemorações na Praça Sete e no bairro de Lourdes. Eles foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros. O Hospital João XXIII, maior pronto-socorro de Belo Horizonte, também atendeu a torcedores feridos durante o festejo.

A falta de banheiros químicos na sede do Galo, em Lourdes, onde apenas dois estavam disponíveis, e na Praça Sete, onde haviam dezenas de unidades, mas milhares de torcedores, resultou em torcedores urinando nas ruas. O lixo também se acumulou nas ruas, já que não foi montado um esquema de descarte de resíduos, principalmente garrafas e latas de cerveja.