Até domingo (31), espaços da cidade serão transformados com o uso de video mapping, letreiros em neon, instalação de laser e tubos de led
Entrelaçando arquitetura, arte urbana e tecnologia, a primeira edição da Festa da Luz de Belo Horizonte promete transformar, até domingo (31), espaços da cidade com o uso de video mapping, letreiros em neon, instalação de laser e tubos de led. Ao todo, o festival reúne 20 trabalhos de artistas mineiros, cariocas, baianos, cearenses, paulistas, amazonenses, pernambucanos e brasilienses.
De quinta a domingo, instalações e projetos de iluminação cênica trazem cor e poesia para locais como o Viaduto Santa Tereza e a escadaria da Estação Central do Metrô. Sexta e sábado, das 19h às 22h, edifícios tradicionais da região – Itatiaia, Sulacap/Sulamérica e prédios da Aarão Reis – vão receber obras de video mapping, criadas para o festival, em suas fachadas. Ainda no sábado, o coletivo Projetemos chega junto para uma invasão luminosa em prédios da região.
A Festa da Luz foi idealizada pela Associação Cultural Casinha e pela Híbrido Comunicação e Cultura e é uma coprodução das duas com a Pública, produtora do CURA – Circuito Urbano de Arte, que acontece no mesmo período. O Sula, novo restaurante, bar e espaço cultural, comandado pela Híbrido e localizado no Edifício Sulamérica, será o espaço oficial da Festa da Luz.
Confira dicas sobre como fazer o circuito da Festa da Luz
O tradicional edifício Itatiaia, ali na rua da Bahia, em frente à Praça da Estação, vai receber trabalhos de video mapping de cinco artistas: Ani Haze (BA), Bah (MG), Notívago (RJ), Bianca Turner (SP) e Carol Santana (RJ). Projeções de arte em luz num diálogo poético com as formas e histórias da arquitetura desta construção que traz consigo 70 anos de lembranças coletivas.
Agora, siga a luz e vá até a estação de metrô. O icônico túnel, já tomado por intervenções artísticas em suas paredes, é como um portal onírico. Suba as escadas, iluminadas e coloridas, em direção à Sapucaí. Vire à direita e observe o edifício Chagas Dória, na esquina: há uma instalação de laser criada pelo artista Denilson Baniwa (AM) e pelo VJ Homem Gaiola (MG).
Do outra lado da rua, a escrevivência de Conceição Evaristo é luz, sombra e poesia; num letreiro em neon projetado pelas arquitetas Laila Gonçalves e Andréia Barbosa Gomes do escritório Duas Ideias. No meio de tudo isso, há várias surpresas e ações, como a ação de ocupação do hipercentro do Projetemos.
Caminhando, você vê o Viaduto Santa Tereza em festa: aqui é onde a magia acontece. A pálida luz branca se liberta nas cores do arco-íris; a instalação é feita de tubos de led e foi criada pelo VJ 1mpar (MG) em parceria com a produtora Tassia Junqueira.
À direita temos a rua Aarão Reis, espaço de tantos encontros, carnavais, ocupações. Os prédios, logo acima do Teatro Espanca!, recebem as projeções mapeadas de Video Makino (MG), Grazzi (DF), Le Pantoja (RJ), Valentino (CE) e biarritzzz (PE). Três horas de luzes dançando em uma experiência psicodélica múltipla.
À esquerda, na Serraria Souza Pinto, há uma instalação neon âmbar com a tag do artista Goma. Pixo é arte? E quem é que define o que é ou não é arte? Já parou pra pensar? E tem mais. As fachadas dos edifícios Sulacap/Sulamérica vão se transformar com obras de video mapping de AlineX (MG), Coletivo Coletores (SP), Keila Sankofa (AM), Mary Gatis (PE) e Laura Campestrini (DF): as questões e as lutas coletivas, a cidade e nossas inquietações serão iluminadas.
Ainda ali, no vão entre as duas construções, teremos a instalação Poéticas Leituras dos arquitetes Bel e João Diniz, filha e pai. Esta obra, assim como as instalações do Goma e o de Conceição Evaristo, ficará exposta por mais 6 meses, um legado da Festa da Luz para a cidade.