Cultura

4ª edição do Festival Literário Internacional de BH começa nesta terça

O tema desta edição é “Virando a Página: Livro e Leitura Tecendo Amanhãs” e o evento será integralmente virtual, com mais de 100 atrações


Créditos da imagem: Sylvia Vartuli
A homenageada é Maria Mazarello Rodrigues, mais conhecida como Mazza, primeira editora e primeira pessoa viva homenageada do Festival, que até então já lembrou nomes de grandes autores.

Redação Sou BH

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09/08/21 às 10:21
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A 4ª edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH) começa nesta terça-feira (10) e segue até o dia 20 de agosto. Com o tema “Virando a Página: Livro e Leitura Tecendo Amanhãs”, o evento, integralmente virtual, traz mais de 100 atrações e a participação de autores, artistas, pesquisadores e profissionais convidados do Brasil e exterior para conferências, mesas de debate, exposições, oficinas, seminário de bibliotecas, rodas de leitura, narração de histórias e saraus, elaboradas para atender crianças desde a primeira infância, jovens e adultos. A programação é gratuita e poderá ser acompanhada pelo site da Prefeitura de Belo Horizonte, com tradução em libras, audiodescrição e legendagem.

“O FLI BH se consolidou, ao longo das últimas edições, como uma importante iniciativa da Prefeitura dentro das políticas públicas voltadas para o livro, leitura, literatura e bibliotecas, e é muito representativo realizarmos este Festival neste momento que vivemos. Teremos neste ano uma edição que, totalmente virtual e gratuita, trará uma programação potente e com atividades dos mais diversos tipos e formatos, convidando a população de todas as idades a importantes reflexões sobre o papel dos livros e da leitura. Sua programação convida a exercitar a imaginação sobre o futuro nas diversas dimensões, com foco na produção literária nacional, com destaque especial para os autores da nossa cidade, e contando também com alguns convidados internacionais, promovendo o intercâmbio de experiências que é sempre tão enriquecedor no Festival”, ressalta Fabíola Moulin, secretária municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura.

Com curadoria de Ana Elisa Ribeiro e Madu Costa, esta edição traz entre os convidados diversos nomes de Belo Horizonte e de outras partes de Minas Gerais, como Léo Cunha, Fabrício Marques, Rogério Coelho, Odilon Esteves, Águida Alves, Santiago Reis, Carol Fedatto, Rubem Filho, Isaac Luis e Carol Fernandes. Também estão confirmados no evento Mariana Ianelli e Kiusam de Oliveira, Geovani Martins, Jeferson Tenório, María José Ferrada e Sara Bertrand e Marielle Macé e Gisèle Sapiro, entre outros.

“A participação de escritoras e escritores estrangeiros, vindos de Angola, Argentina, Chile, França e Moçambique, promove uma interessante troca de experiências sobre escritas e leituras e sobre uma agenda comum para o livro e a criação literária, que contempla as especificidades culturais e linguísticas de diferentes povos, mas se une em torno de um horizonte comum: a construção da garantia da diversidade no direito de ler e de escrever”, diz Gabriela Santoro, presidenta do Instituto Periférico. 

A curadora Madu Costa destaca que toda a jornada literária está pautada na transformação e inclusão, em termos de gênero, raça e etnia. “A curadoria da 4ª edição do FLI BH buscou ampliar os gêneros literários para oferecer uma programação que abrace as diversas linguagens da leitura. Estamos trazendo a literatura de cordel, a literatura do slam, as literaturas digitais, as poligrafias e outros gêneros pelo mundo afora. Esta edição reforça o quanto Belo Horizonte reconhece o FLI como um espaço para falar de inclusão, uma pauta urgente e necessária para a nossa cidade”, define.

A homenageada é Maria Mazarello Rodrigues, mais conhecida como Mazza, primeira editora e primeira pessoa viva homenageada do Festival, que até então já lembrou nomes de grandes autores. Com percurso intelectual e humano marcado pelo envolvimento com as questões sociais, políticas e culturais do país, Mazza criou e dirige a casa editorial que leva seu nome. Mulher negra, uma das fundadoras da Editora do Professor e da Editora Vega, se consolidou através da Mazza Edições, que testemunhou alguns dos principais acontecimentos da sociedade brasileira das últimas décadas. “A Maria Mazarello é uma força no mercado editorial que sempre privilegiou autores e ilustradores negros. Mulher, 80 anos de vida, metade deles dedicados ao mercado editorial, a Mazza agrega valor ao Festival, pois é a representação viva da inclusão e da união por meio da leitura. É lindo poder homenageá-la, e em vida”, comemora Ana Elisa Ribeiro, também curadora da 4ª edição do FLI BH.

A identidade visual da 4ª edição do FLI BH foi desenvolvida a partir de uma ilustração criada pelo artista plástico, chargista, escritor e ilustrador Nelson Cruz especialmente para o evento.