O longa experimental será exibido pelo canal de TV Curta!, em vários horários alternativos
A
obra de Dorival Caymmi, um dos cantores e compositores mais icônicos da Bahia,
se confunde com uma maneira muito própria de viver. Por isso, o documentário
experimental Dorivando Saravá, o Preto que Virou Mar, do diretor Henrique
Dantas, pretende contemplar sua forma de existir e de pensar, como se o artista
pudesse se transformar em um verbo: “dorivar”.
Caymmi,
falecido em 2008, foi o primeiro a cantar os orixás do candomblé na
música popular brasileira. O cantor transportou para a música e para a
pintura — outro de seus talentos — sua religiosidade, os
misticismos de um povo e toda uma poética fortemente ligada à praia. O filme
segue uma linha poética em que o artista transcende a morte; Caymmi,
portanto, não morreu. Virou mar.
O
longa conta com imagens de arquivo em que o próprio Caymmi fala de suas
percepções e filosofias de vida, além de depoimentos de artistas como Gilberto
Gil, Tom Zé, Jussara Silveira, Adriana Calcanhotto, entre outros que
desfrutaram da companhia do compositor ou que regravaram suas canções.
Dorivando
Saravá, o Preto que Virou Mar é uma produção da Hamaca viabilizada pelo Curta!
através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A estreia aconteceu ontem
(16), na programação da Segunda da Música, e o filme será reexibido hoje (17),
às 02h20 e às 16h20; no dia 18 (quarta-feira), às 10h20; no sábado (21), às
15h20; e no próximo dia 22 (domingo), às 22h20. Todas as transmissões serão por
meio do Canal Curta! na TV.