A cena musical está em alta e o Sou BH traz um especial, dividido em cinco matérias, para você ficar por dentro dos novos talentos da nossa terrinha
Que Beagá é celeiro de grandes artistas e vem despontando na
cena musical nacional não é novidade para ninguém. Do pop ao rap, Belo Horizonte
traz opções para todos os gostos e estilos. Skank, Jota Quest, Clube da
Esquina, Milton Nascimento, Sepultura, entre outros, alçaram voos, ampliaram
horizontes e conquistaram públicos ao redor de todo o país. Anos se passaram e com a música em constante
mudança, a praticidade das redes sociais e o surgimento das plataformas de
streaming, muitos grupos e artistas conseguiram mostrar seu trabalho,
expandindo o som por todos os cantos.
A banda Lagum, formada em 2014, se tornou referência para os novos nomes da
música mineira nos últimos anos e reaqueceu a cena local, que era
predominantemente dominada por bandas covers e não “aceitava” o trabalho
autoral. O grupo conquistou fãs com canções originais e uma forma de
comunicação mais aberta, e se tornou um dos novos destaques da música
brasileira.
Essa revolução, se assim podemos dizer, abriu portas e
contribuiu para que o público e os próprios artistas voltassem a acreditar no
potencial da música autoral. A partir daí, emergiram novos talentos e grandes
gravadoras, como a Sony Music, voltaram a colocar nossa querida BH no radar de
novidades.
Outro fenômeno que merece destaque é o protagonismo feminino
no mundo da música mineira. Hoje, em quase todos os grandes projetos e
iniciativas, há uma mulher envolvida, seja à frente ou nos bastidores.
Com todas essas transformações e evoluções musicais na capital, novos talentos
vêm se destacando e se consolidando como grandes apostas para 2020. Por isso, o
Sou BH fez um especial dividido em estilos para você refrescar suas playlists. Nesta
missão, contamos com a especialista em marketing artístico e dona da empresa
Furmiga Comunicação, Thaís Palhares, que nos ajudou a listar as promessas da
cena local. Começamos essa série de destaques com o Hip Hop. Prepare seu fone de ouvido e vem conhecer os nossos
mineirinhos!
Djonga
Djonga! Talvez esse nome não seja novidade para muitos, mas é impossível
deixar ele de fora dessa lista. Apesar de já ser um nome consolidado e forte no país, é sempre bom reforçar os talentos da nossa cidade. Gustavo Pereira Marques, mais conhecido pelo seu
nome artístico, é sem dúvidas um dos maiores destaques do rap nacional. O
músico, que iniciou na carreira musical em meados de 2010, possui quase dois
milhões de ouvintes mensais no Spotify, vídeos que também acumulam milhões de
plays e três álbuns gravados. O mineiro atravessou fronteiras e conquistou seu
espaço, fortalecendo a cena do rap mineiro e dividindo o palco e as composições
com diversos artistas. Sente o som:
Fabrício FBC
O mineiro Fabrício Soares, o FBC, já ocupa os palcos mineiros há muitos anos. O
músico, destaque do Duelo de MCs e ex-integrante do DV Tribo, grupo de rap
formado por nomes como Djonga, Clara Lima e a dupla Hot e Oreia, possui
uma história com mais de 15 anos na cultura hip-hop. Com 449.160 ouvintes
mensais no Spotify e três álbuns lançados, FBC é com certeza um nome de peso
nesse universo. O seu reconhecimento nacional foi ampliado com os lançamentos
de seus últimos álbuns, que contaram com uma campanha de marketing nas redes
sociais. A movimentação para divulgar o segundo disco, Padrim, repercutiu e
contou com o apoio de artistas como Marília Mendonça e Mano Brown, que seguiram
o movimento e postaram a data “15/11” (data de lançamento) em seus perfis.
Massa, né?
Hot e Oreia
Uma dupla que foge aos padrões! Com seu rap cheio de humor, crítica social,
sátiras e estilos, Mário Apocalypse e Gustavo Aguiar se lançaram no
cenário musical com irreverência e muita originalidade. Após passarem pelo
Duelo de MC’s, Sarau Vira-Lata e pelo coletivo DV Tribo, os músicos se uniram
para dar sequência à carreira e conquistaram fãs com um trabalho que vem da vida,
cheio de referências teatrais. A dupla está sempre presente no cenário
belo-horizontino e acumula passagens por alguns festivais de música. Hoje, somam
um pouco mais de 200 mil ouvintes mensais no Spotify e seguem trabalhando seu
primeiro álbum, Rap de Massagem. Confira:
Sidoka
Astro do trap brasileiro, assim costumam se referir ao jovem Nicolas Paolinelli.
Sidoka, como é conhecido publicamente, é uma das revelações do rap nacional. Ele
se encontrou no trap e conseguiu criar uma linguagem própria dentro do gênero.
O músico, que se dedica à música há anos, ganhou reconhecimento quando, em
2018, dividiu o feat UFA com o Djonga. O garoto, de 20 e poucos anos,
começou divulgando suas composições no Sound Cloud e hoje acumula 2 álbuns,
vários singles, um milhão e meio de ouvintes mensais no Spotify e uma passagem
pelos palcos de Portugal, onde se apresentou nos dias 17 e 18 de janeiro deste
ano. É uma trajetória admirável. Confira a canção Não Me Sinto Mal Mais, que
acumula 13 milhões de visualizações no Youtube.
Curtiu? Fique de olho que na quarta-feira é a vez do pop invadir sua playlist! Até lá!
* sob supervisão do jornalista Gustavo Falabella