O Largo das Orquídeas pode ter mais de mil botões abertos no auge do inverno
Quem visita o Inhotim em diferentes épocas do ano
tem a oportunidade de ver as diferentes cores das estações. E, quando o frio
começa a chegar, o Largo das Orquídeas fica um pouco mais colorido. Os
visitantes que passarem pelo local poderão ver mais de quinhentos botões
abertos.
As mudas de Cattleya walkeriana chegaram ao Inhotim em
2016, por meio de uma parceria com a Orchid Brazil, que complementou o Jardim
Botânico Inhotim com as 17 mil orquídeas distribuídas em 48 palmeiras
nativas e exóticas. Essa espécie de orquídea é nativa de Minas Gerais, São
Paulo e Goiás, típica do Cerrado, e adora o clima seco e frio.
Os cuidados com essa legião de orquídeas acontecem durante
todo o ano, conduzidos por Juliano Borin, engenheiro agrônomo do Instituto.
Segundo ele, nas épocas sem flor, elas precisam de duas regas semanais.
“Fazemos a adubação de manutenção uma vez por mês, com um adubo equilibrado. Já
em janeiro e fevereiro, fazemos uma adubação para favorecer o florescimento. É
um adubo com mais potássio”, explica.
William Gomes
Na época de floração, as regas e a adubação são suspensas,
para preservar a durabilidade das flores. Por se tratar de uma planta “rústica”,
de acordo com Borin, a espécie não exige muita mão de obra. “É uma planta
nativa. Isso facilita sua adaptação à temperatura e aos insetos”, pontua.
Durante a manhã, por volta das 11h, quem passeia pelo caminho consegue sentir o cheiro das flores. A expectativa é de
que o Largo das Orquídeas esteja com mais de mil botões florindo no auge do
inverno de 2019.