Cultura

Sete artistas que já se apresentaram com orquestra em Belo Horizonte

BH registra crescimento de espetáculos sinfônicos que unem música popular e orquestra, evidenciando a expansão na programação cultural


Créditos da imagem: Reprodução / EM / Daniel Ebendinger
Espetáculo orquestrado marca a programação cultural da capital mineira e atrai diferentes gerações Espetáculo orquestrado marca a programação cultural da capital mineira e atrai diferentes gerações

Maria Clara Landim

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24/11/25 às 10:41 - Atualizado em 24/11/25 às 12:35
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Belo Horizonte tem construído, ao longo dos últimos anos, uma relação sólida entre a Música Popular Brasileira (MPB) e o universo sinfônico. Palcos como o Minascentro, o Palácio das Artes, a Praça da Liberdade e o Parque Ecológico da Pampulha vêm recebendo cada vez mais artistas nacionais em espetáculos acompanhados por orquestras. A combinação entre arranjos clássicos e repertórios populares ganhou força na capital mineira, ampliando públicos e renovando formatos de apresentação.

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Marisa Monte

Em 2025, Marisa Monte estreou sua turnê Phonica, Marisa Monte & Orquestra Ao Vivo justamente em Belo Horizonte, nos dias 18 e 19 de outubro, no Parque Ecológico da Pampulha. Para esse projeto, ela reuniu uma orquestra sinfônica de 55 músicos sob a regência do maestro André Bachur.

Nesse formato, a banda habitual se misturou aos instrumentos de cordas, metais e madeiras, criando uma trama sonora densamente orquestrada, que deu nova dimensão a clássicos e músicas menos conhecidas.

Alceu Valença

O cantor pernambucano e a Orquestra Ouro Preto têm uma parceria de longa data, iniciada em 2012, que resultou em álbuns como Valencianas (2014) e Valencianas II (2022).

Em julho de 2025, Valença se apresentou em concerto gratuito na Praça da Liberdade, em BH, regido por Rodrigo Toffolo e com arranjos de Mateus Freire, revisitando seus hits como “Anunciação” e “Tropicana” em versões sinfônicas.

Chico César

Também em 2025, Chico César propôs um espetáculo orquestrado para celebrar os 30 anos do álbum Aos Vivos (de 1995).

No dia 4 de dezembro de 2025, ele se apresenta no BeFly Minascentro com a Nova Orquestra, formada por jovens músicos que mesclam repertório popular com arranjos de concerto.

Essa nova versão do álbum original promete emocionar tanto os fãs de longa data quanto o público interessado em música mais elaborada.

Carlinhos Brown

Em 2 e 3 de maio de 2025, Carlinhos Brown subiu ao palco do Palácio das Artes, acompanhado pela Orquestra Ouro Preto, para o concerto “Afrossinfonicidade”.

Sob a batuta do maestro Rodrigo Toffolo, Brown trouxe seus sucessos, como “Amor I Love You”, “Já Sei Namorar” e “Vilarejo”, em arranjos sinfônicos inéditos que misturam percussão afro-brasileira à riqueza orquestral.

Tim Maia (homenagem)

No dia 1º de outubro de 2025, a Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira levou ao palco do Sesc Palladium em BH o espetáculo Ídolos Orquestrados: Tim Maia, sob regência do maestro Tiago Padim.

O show contou com mais de 40 artistas: instrumentistas, cantores e bailarinos, e recriou grandes sucessos do rei do soul brasileiro (“Sossego”, “Azul da Cor do Mar”, “Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)”, entre outros) em arranjos sinfônicos poderosos.

A proposta trouxe uma narrativa teatral, com balé e atores, transformando a performance numa celebração não só musical, mas também visual e cênica.

Titãs

Os Titãs se apresentaram neste mês de novembro em formato sinfônico, acompanhados por uma orquestra formada por músicos mineiros e sob regência do maestro Carlos Prazeres. O espetáculo revisitou diferentes fases da banda e deu nova dimensão a clássicos como “Epitáfio” e “Marvin”, que ganharam arranjos orquestrais mais amplos e emotivos. A proposta reforça a tendência de renovação estética do grupo, agora explorando camadas sonoras que dialogam com o erudito sem perder a identidade do rock.

KVSH

Um dos nomes mais modernos dessa lista: o DJ KVSH também vai se apresentar com orquestra em Belo Horizonte. Esse tipo de encontro entre eletrônica e sinfônico reforça a versatilidade dos concertos orquestrados, não é só MPB ou rock, mas também música eletrônica, mostrando que o formato orquestral tem espaço para experimentações contemporâneas.