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Agência Humble – Capitalizando Segredos

Funarte MG

Agência Humble – Capitalizando Segredos

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

15/06/14 até 15/07/14

Seg, Ter, Qua, Qui, Sex, Sab, Dom | 15:00


De 15 de junho a 15 de julho, a Funarte MG recebe a exposição-performance "Agência Humble – Capitalizando Segredos", fruto da colaboração multidisciplinar entre a companhia anglo-brasileira ZU-UK (Zecora Ura) e os videoartistas brasileiros Eder Santos, Henrique Roscoe e Fabiano Fonseca. Visitação gratuita, no horário de 13 às 17h. A abertura, dia 15, às 13 horas, contará com a presença dos diretores da ZU-UK.

Realizada em 2012 na Inglaterra (no contexto do encerramento das Olímpiadas de Londres) e inédita no Brasil, a mostra tem como característica essencial a participação do público, que se dá forma imersiva e interativa. Divididos em grupos de apenas cinco pessoas, os visitantes são conduzidos por atores e performers a três instalações que interrogam o significado de ser brasileiro: Taxi do Carnaval, Morro da Filosofia e Cabine Intimatron. Durante essa jornada coletiva, esses artistas-anfitriões atuam como facilitadores das discussões, provocando os visitantes a compartilharem suas ideias, segredos e opiniões (mesmo estando entre estranhos). A fruição do objeto artístico por cada espectador é, portanto, marcada pela sua relação com os artistas e com os demais visitantes.

Chamada de 'Dramaturgia da Participação', essa metodologia é desenvolvida pelos diretores artísticos da ZU-UK, Persis Jade Maravala e Jorge Lopes Ramos, ao longo das residências artísticas intensivas que a companhia coordena ao redor do mundo desde 2006 e que recebem o nome de DRIFT International. Em seu histórico, o projeto soma mais de 15 edições em países como Austrália, Reino Unido, Alemanha, França, Brasil, Noruega, Espanha, Itália e Kosovo (a próxima será em julho, em Miguel Pereira, região serrana do Rio de Janeiro).

Os atores e performers selecionados tiveram de participar de um workshop realizado com base no treinamento e pesquisa DRIFT International, oferecido em maio na capital mineira pela dupla de diretores. Cabe aos anfitriões criar um ambiente acolhedor onde o visitante possa de fato se colocar no centro da experiência.

Instalações
Morro da Filosofia | criação e realização ZU-UK e Eder Santos
Há uma espécie de altar com os mais variados símbolos e imagens representativos da diversidade cultural brasileira, sem hierarquia, sem lógica aparente. O público é convidado a se deitar em um espaço aconchegante e a colocar headphones e microfones, pelos quais pode se comunicar com os outros quatro membros do grupo. Ele se vê como numa constelação, mas, ao invés de um universo de estrelas, são perguntas filosóficas que emergem das estrelas, como imagens que caem do céu em sua direção (textos filosóficos foram produzidos pelos artistas Jorge Lopes Ramos, Alastair Eilbeck e Persis Jade Maravala). A cada nova pergunta, o grupo compartilha suas crenças e reflexões com o grupo de estranhos.

Taxi do Carnaval |criação e realização ZU-UK e Fabiano Fonseca
O ator/performer, representante da Agência Humble, leva o público para um automóvel transformado num cinema de 360 graus, onde os visitantes são submersos em imagens filmadas dentro de um bloco de carnaval de rua (os vídeos foram produzidos em 2012 em Miguel Pereira, interior do Rio de Janeiro, pelos artistas Jorge Lopes Ramos, Alastair Eilbeck e Persis Jade Maravala). Pelo aparelho sonoro do carro, um locutor de rádio apresenta um programa e inicia uma conversa com o público no carro, fazendo perguntas sobre suas escolhas políticas pessoais. Em seguida o público é retirado do carro violentamente por uma ‘batida’ policial, onde são colocados contra a parede.

Cabine Intimatron | criação e realização ZU-UK e Henrique Roscoe
Realizada com telefones públicos adaptados e software específico, produzidos pelos artistas Jorge Lopes Ramos, James Bailey e Persis Jade Maravala. Baseado na estética dos orelhões públicos no Brasil e em testes de personalidade, essas cabines oferecem um espaço íntimo para cada participante interagir com os telefones através dos teclados. Uma voz pré-gravada, operada por software específico, construído para o projeto, reconhece as respostas do público e responde com análises de personalidade inspirados nos primeiros estudos da psicoanálise. As perguntas são íntimas e, à medida que o espectador vai fazendo suas escolhas na interação com orelhão e software, elas são trazidas a se pensarem dentro da cultura de seus universos de convívio.

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