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Casa Fiat de Cultura inaugura exposição 'À superfície, em silêncio', de Olívia Viana

Casa Fiat de Cultura

Casa Fiat de Cultura inaugura exposição 'À superfície, em silêncio', de Olívia Viana

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

08/03/22 até 24/04/22

Ter, Qua, Qui, Sex | 10:00 - 19:00

Sab, Dom | 10:00 - 18:00


Créditos da imagem: Divulgação
Obra 'A intereza do impossível', de Olívia Viana, na Casa Fiat de Cultura
Obra 'A intereza do impossível', de Olívia Viana, na Casa Fiat de Cultura

“À superfície, em silêncio”, nova mostra da Casa Fiat de Cultura, fica em cartaz de 8 de março a 24 de abril. Galleria. De autoria da artista belo-horizontina Olívia Viana, a exposição abre a programação da Piccola Galleria em 2022. O conjunto de 12 pinturas em acrílico sobre tela representa o encontro de baleias encalhadas com seres humanos, propondo reflexões sobre a existência e a animalidade. A abertura será realizada no dia 8 de março, às 19h, em um bate-papo virtual ao vivo com a artista. O ingresso deve ser retirado gratuitamente pela Sympla.

As pinturas foram executadas nos primeiros meses do isolamento social, em 2020. Nas telas, corpos enormes de baleias, em contato com seres humanos, representam situações de estranhamento, surpresa e inutilidade. Afinal, como as pessoas reagem diante de uma situação inesperada?  Outros encontros também são explorados nas obras, como a paleta de cores – com muitos azuis, pretos e cinzas –, e os próprios elementos de cena. A artista conta que a relação com as baleias não é nova. Em 2016, fez uma série de pinturas a óleo retratando o assassinato desses animais. Já em 2018, após ver a notícia sobre uma tentativa de salvamento de uma baleia em uma praia do litoral brasileiro, o tema voltou a permear uma de suas telas. “Essa pintura ficou encalhada por dois anos e em 2020 a temática ganhou corpo. Naquela época, estávamos em uma situação evidente de confronto com a morte e com a indeterminação. Nas telas, a baleia funciona como uma metáfora, que questiona a nossa relação diante de uma presença inesperada e as nossas ações, quando estamos repletos de impotência, solidão e incertezas”, revela Olívia.

A artista, que também é psicanalista, explora tensionamentos entre humanidade e animalidade em sua poética, não apenas no desenvolvimento estático, mas como uma espécie de convocação ética e política. “A aposta é que, paradoxalmente, a divisão explícita na pintura – bicho x gente – pode chamar para seu contrário, um borramento dessas fronteiras. Nesse sentido, é aí também que o litoral e a ideia de superfície entram no trabalho, trazendo a ideia da superfície como ponto de contato e limitação entre um animal e outro, entre vida e morte, entre um estado e outro”, explica.

Para Lilian Sais, poeta, ficcionista, roteirista e produtora de podcasts, que assina o texto de apresentação da exposição, as baleias estão entre os seres mais enigmáticos, fascinantes e até mesmo aterrorizantes. Ao serem retratados fora de seu habitat natural, a água, perdem todo o seu poder e cumprem o retorno ao ponto de partida ancestral: a superfície da Terra. Aos poucos, esse animal vira uma massa sem forma, que levanta questionamentos. É melhor removê-la? Salvá-la? Matá-la? “A impotência humana diante de uma baleia encalhada não difere muito da impotência humana diante da morte. Artista é quem silencia para ouvir o mistério que há nas coisas”, reflete.

Lista de obras

  • A inteireza do impossível
  • A praia onde habito é rica em desastres
  • O mar me esquece
  • O paradoxo estendido na areia
  • Ninguém mais se afogará
  • O silêncio mais grave
  • Na película que cobre o mundo
  • O canto dos homens
  • Por pura sede de vida
  • Em segredo quase de sonho
  • Cada coisa tem um monstro em si suspenso
  • Mais pesados que as pedras

Serviço
“À superfície, em silêncio”– Olívia Viana na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
Casa Fiat de Cultura - Circuito Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Horário de Funcionamento
Terça a sexta-feira, das 10h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

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